Centro escolar gera preocupação
«O que se passa com as obras do Centro Escolar de Marrazes, nomeadamente os atrasos, as várias alterações ao projecto e a necessidade de sucessivos acréscimos de investimento, é fruto, primeiro, de falta de vontade política, depois, como noutros casos, da falta de rigor, do desmantelamento dos serviços técnicos municipais, carentes de quadros experientes, e das opções e prioridades erradas do PS na Câmara Municipal de Leiria, que contaram normalmente com o apoio do PSD», acusa a Organização Regional de Leiria do PCP, para quem «invocar a envergadura da obra para justificar tantas deficiências e insuficiências seria do domínio do cómico se não fosse grave e não tivesse custos financeiros e pedagógicos evidentes e pesados».
O Partido considera ainda que «são intoleráveis estas derrapagens financeiras e de tempo» e, por isso, «exige à Câmara Minicipal de Leiria, que, de uma vez por todas, dê a devida atenção a este projecto prioritário», manifestando, por outro lado, «a sua solidariedade às crianças, às famílias e a toda a comunidade escolar abrangida».
A posição comunista foi divulgada depois de ter sido tornado público, numa reunião da autarquia, que «não vai ser este ano que o Centro Escolar de Marrazes vai ser posto ao serviço da educação das crianças». No texto divulgado dia 8, o PCP recorda, também, que «há anos que luta pela construção deste complexo escolar», e que «a freguesia de Marrazes (a mais populosa da cidade e do concelho de Leiria) não tem equipamentos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico para responder às necessidades».
Tanto mais que «as escolas desta freguesia estão sobrelotadas, têm muitas turmas com desdobramentos, há instalações improvisadas para o ensino pré-escolar», do que decorre a «falta de vagas e a lista de espera de dezenas de crianças para os jardins de infância».