A água deve servir em primeiro lugar as populações e a agricultura familiar

Os «gra­vís­simos riscos» de de­ser­ti­fi­cação de vastas áreas da re­gião Alen­tejo são in­se­pa­rá­veis da po­lí­tica de uso da terra e do tipo de agri­cul­tura que ali se re­a­liza, de­nuncia a Di­recção Re­gi­onal do Alen­tejo do PCP, no co­mu­ni­cado ema­nado da sua mais re­cente reu­nião. O «cres­ci­mento des­con­tro­lado» da mo­no­cul­tura in­ten­siva torna mais di­fícil a gestão do re­curso água, acres­centa o PCP, re­ve­lando a di­mensão que este tipo de pro­du­ções as­sume na re­gião: «Só no pe­rí­metro de rega do Al­queva o olival e o amen­doal ocupam já uma área de mais de 75%, ocu­pando as cul­turas per­ma­nentes uma área de 82% e as cul­turas anuais 18% (…). Em 2017 as cul­turas per­ma­nentes ocu­pavam 69% e as anuais 31%.»

A pro­pó­sito da si­tu­ação de seca re­cor­rente que se agrava na re­gião, o Par­tido sa­li­enta a va­li­dade das pro­postas in­cluídas no pro­jecto de re­so­lução apre­sen­tado re­cen­te­mente, na As­sem­bleia da Re­pú­blica, pelo grupo par­la­mentar co­mu­nista. Nele de­fende-se a de­cla­ração formal de si­tu­ação de seca, de modo a que se ac­cione os pro­ce­di­mentos ne­ces­sá­rios para apoios ex­tra­or­di­ná­rios aos agri­cul­tores, de­di­cados à aqui­sição de ali­men­tação animal, e a adopção de me­didas de gestão da uti­li­zação da água para fins agrí­colas, nos di­versos apro­vei­ta­mentos hi­dro­a­grí­colas. Sal­va­guar­dando-se, assim, o acesso à água pelos pe­quenos e mé­dios agri­cul­tores e pela agri­cul­tura fa­mi­liar.

Pro­pondo a hi­e­rar­qui­zação do uso da água, em função da seca, os co­mu­nistas sa­li­entam que a re­serva es­tra­té­gica de água e a uti­li­zação de todas as infra-es­tru­turas hi­dráu­licas exis­tentes, que estão su­por­tadas em fundos pú­blicos, devem estar ao ser­viço de in­te­resses também pú­blicos, no­me­a­da­mente das po­pu­la­ções e de um pro­cesso de de­sen­vol­vi­mento in­te­grado da re­gião e do País.

 



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