Síria regressou à Liga Árabe
A 32.ª cimeira da Liga Árabe, que decorreu no dia 19, em Jeddah, cidade saudita à beira do Mar Vermelho, ficou marcada pelo regresso da Síria à organização pan-árabe e pela reafirmação da centralidade da causa palestiniana.
A ocupação da Palestina e os repetidos ataques israelitas contra o povo palestiniano mereceram repúdio total dos participantes, que apelaram à comunidade internacional que assuma as suas responsabilidades e detenha os crimes de Telavive e que intensifique os esforços para alcançar uma solução integral e justa para a questão palestiniana.
A urgência de um cessar-fogo no Sudão e a reafirmação do apoio à estabilidade e aspirações do povo do Iémen foram outros assuntos tratados na Declaração de Jeddah.
Os dirigentes árabes instaram as partes no Líbano a entabular o diálogo para eleger um presidente que satisfaça as aspirações do povo libanês e adoptar as reformas necessárias para tirar o país da sua pior crise das últimas décadas.
A declaração exige o fim da ingerência estrangeira nos assuntos internos dos países árabes e rejeita completamente o apoio à formação de grupos armados e milícias fora das instituições estatais.
A Liga Árabe manifestou a esperança de que o retorno de Damasco à organização contribua para manter a estabilidade e conservar a integridade territorial da Síria. E espera que o país retome o seu papel natural no mundo árabe, ao mesmo tempo que salienta a importância de continuar e intensificar os esforços árabes para ajudar a Síria a superar as dificuldades.