O que o povo quer são respostas
«Não se deve desviar as atenções daquilo que é crucial neste momento, aquilo que os trabalhadores, os reformados, o povo reclamam», isto é, «as respostas aos problemas com os quais estão confrontados», considerou Paula Santos, membro da Comissão Política do PCP, na sequência da declaração do Presidente da República (PR).
Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se ao País, no final da semana passada, a propósito de «um conjunto de episódios lamentáveis que envolvem os membros do Governo», qualificou a dirigente comunista, os quais, acrescentou, ocorrem a par do «agravamento das condições de vida da população em geral».
«Os salários e as pensões não chegam ao fim do mês, há dificuldades na habitação, no acesso à saúde, dificuldades inclusivamente para colocar comida na mesa todos os dias. E, portanto, naquilo que o PR e o Governo se devem centrar» é «na resposta a estes problemas», ao invés de os usar como pretexto «para evitar as soluções necessárias», insistiu.
«Recordamos que, há pouco mais de um ano e meio, a Assembleia da República foi dissolvida de forma intempestiva. Houve eleições, há um Governo» sustentado numa «maioria absoluta».
«Não há», portanto, «nada que o impeça de dar resposta aos problemas», de «avançar com as soluções para resolver os problemas da vida das pessoas», concluiu Paula Santos.