Durante a sua estadia, o representante do PCP participou no XIV Congresso extraordinário do Partido Comunista da Bielorrússia, convocado para decidir de alterações aos Estatutos que dão maior peso às organizações regionais, locais e de empresa do partido e ao seu papel, nomeadamente nos processos eleitorais. Estas alterações inserem-se no quadro de modificações legais na República da Bielorrússia que conferem um maior papel das listas partidárias nos processos eleitorais, designadamente na eleição de deputados para as duas Câmaras da Casa de Representantes da Bielorrússia. O PCP teve, aí, a oportunidade de se encontrar com dirigentes do Partido Comunista da Bielorrússia, incluindo o seu Secretário-geral, Aliaksiej Sokal.

A delegação do Partido foi igualmente recebida no Parlamento bielorrusso, tendo aí realizado uma reunião de trabalho dirigida pelo deputado comunista Sergei Klishevich, onde foram abordados vários aspectos da actual situação na região, da situação internacional e das relações entre Portugal e a Bielorrússia. Nesta reunião, os deputados bielorrussos reiteraram a posição de que a Bielorrússia procurará sempre os caminhos da paz e das relações de amizade com os povos de todo o mundo, incluindo os povos vizinhos. Esta postura é, aliás, confirmada pelo facto de a Bielorrússia estar a receber refugiados ucranianos.

Programa intenso

Cumprindo um intenso programa, o PCP participou num importante acto de homenagem às vítimas bielorrussas da ocupação nazi-fascista – um em cada quatro bielorrussos foram mortos pelas forças de ocupação nazis e seus colaboradores –, com a visita ao memorial do massacre de Khatyn, uma das muitas centenas de aldeias e vilas que foram incendiadas pelas forças nazis, incluindo com os seus habitantes. O PCP associou-se ainda a outros actos oficiais, designadamente de homenagem a Lenine, por ocasião de mais um aniversário do seu nascimento, e aos patriotas soviéticos que combateram o nazi-fascismo, com uma deposição de flores no monumento à Vitória erigido em frente ao Museu da História da Grande Guerra Pátria.

Foi precisamente neste museu, que recorda toda a história da Segunda Guerra Mundial, que se realizou o Fórum Antifascista, co-organizado pelo Partido Comunista da Bielorrússia, Partido Comunista da Ucrânia e Partido Comunista da Federação Russa, em que participaram dezenas de representantes de partidos, organizações e representações diplomáticas.

Conhecimento
e solidariedade

A visita do PCP à Bielorrússia permitiu um melhor conhecimento da realidade daquele país e o desenvolvimento das relações de amizade e cooperação com o Partido Comunista da Bielorrússia, o Partido Comunista da Ucrânia e outros partidos da região. Permitiu ainda a participação em diversos actos e iniciativas, assim como a expressão da defesa da paz e da cooperação entre os povos e, nomeadamente, da solidariedade dos comunistas portugueses para com o povo bielorusso, vítima da acção hostil e de sanções injustas e injustificadas, e para com o povo ucraniano, vítima de um golpe de Estado em 2014 e de uma guerra que dura há mais de nove anos e a que urge por fim.