Palestinianos condenam expansionismo israelita

Organizações palestinianas denunciaram mais um plano de Telavive para a construção de novas habitações nos colonatos israelitas na zona de Jerusalém Oriental.

Telavive continua a confiscar terras para construir mais habitações nos colonatos israelitas da Cisjordânia ocupada

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) condenou um plano israelita para construir 1200 novas habitações nas colónias judias na zona oriental de Jerusalém, território ocupado desde 1967.

Tal decisão, juntamente com os contínuos apelos dos extremistas para assaltar a Mesquita de Al Aqsa, é uma perigosa escalada que abre as portas a novos enfrentamentos, advertiu a força política.

A FPLP rechaçou as acções contra o povo palestiniano perpetradas pelos sucessivos governos de Telavive, incluindo assassinatos, agressões, demolições de casas, confisco de terras e expulsão da população árabe.

A política de confiscação de terras palestinianas para a construção de habitações nos colonatos israelitas prossegue como parte «da guerra integral conduzida pela ocupação contra a presença palestiniana», destacou.

«Propósitos racistas»

O embaixador da Palestina junto da Unesco, Mounir Anastas, chamou a atenção para os propósitos racistas e colonizadores das autoridades israelitas, discurso que qualificou de perigoso para toda a região.

«Fomos testemunhas de declarações de ministros de um governo que vai mais além do extremismo», afirmou. O diplomata disse que geraram rejeição mundial os recentes comentários do ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrichh, de extrema-direita, para quem «o povo palestiniano é uma invenção do último século».

Para Anastas, tais opiniões remetem para uma «limpeza étnica», o que condenou de maneira enérgica: «Já não se trata da negação dos direitos do povo palestiniano mas de pôr em causa a sua própria existência».

O embaixador alertou para as consequências da agressividade dos ocupantes, que mantêm uma política de colonização na Cisjordânia e de assédio permanente na Faixa de Gaza, perante o silêncio quase absoluto das potências ocidentais.




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