Utentes manifestam-se hoje em Portimão

A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portimão promove, hoje, 9, às 18h00, uma concentração, junto ao Hospital, contra o encerramento da Maternidade. PCP apela à organização e luta em defesa do SNS.

«O ataque ao SNS continua»

«Agora, nascer em Portimão tem data marcada! Não pode ser. Estamos a andar para trás!», criticam os utentes em comunicado, referindo-se à operação «Nascer em segurança no SNS», lançada pelo Ministério da Saúde, através da Direcção Executiva do SNS, que prevê o encerramento de maternidades, entre elas a de Portimão (entre Janeiro e Março vai fechar 19 dias).

A Comissão Concelhia de Portimão do PCP apela à participação na concentração e lembra que «foi a luta das populações que travou intenções semelhantes no passado».

Torres Vedras
Este domingo, a CDU promoveu uma acção de luta frente à Extensão de Saúde de Maceira, Torres Vedras, que se encontra sem médico de família há longos meses. Segundo a Coligação PCP-PEV, «perto de dois mil utentes da antiga freguesia da Maceira não têm acesso aos mais básicos cuidados de saúde, somando-se ainda a população da freguesia do Vimeiro, que também pertence a este centro de saúde, ou seja, mais cerca de 1500 pessoas».

Sintra
Uma outra concentração, promovida pela CDU, aconteceu, no sábado, 4, junto ao Centro de Saúde de Colares, Sintra, por mais médicos de família na Unidade de Saúde da freguesia e pelo reforço dos meios humanos e materiais para responder às necessidades concretas da população.

Nuno Cabanas, eleito na Assembleia de Freguesia de Colares, aludiu à degradação da prestação dos cuidados de saúde na freguesia, onde um centro de saúde renovado recentemente ficou com menos médicos de família (perto de 47 por cento dos utentes inscritos não têm médico de família).

Por seu lado, Ana Maria Alves, eleita na Assembleia Municipal de Sintra, referiu-se à preocupante realidade dos serviços de saúde no concelho (onde perto de 130 mil utentes não têm médico de família).

Durante a acção foi constituída, por proposta de uma participante, a Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Colares.

 

Protesto em Mora

O Movimento de Utentes do Concelho de Mora promoveu, quinta-feira, uma vigília junto ao Centro de Saúde «pelo acesso a cuidados de saúde básicos, um direito universal». O protesto contou com a presença de uma delegação do PCP, com, entre outros dirigentes, Patrícia Machado, da Comissão Política do Comité Central.

Em nota de imprensa, a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP solidarizou-se com a luta da população. «No distrito de Évora, a carência de profissionais é tal que atinge preocupantes limites de viabilidade de muitas unidades e serviços públicos, podendo atingir-se, a breve prazo, um ponto de difícil retorno», informam os comunistas, dando como exemplo o concelho de Mora, onde «se perderam profissionais por via da aposentação», que «não serão substituídos, deixando a população sem resposta».

O PCP tem intervindo sobre este problema com iniciativas e propostas nos órgãos autárquicos e na Assembleia da República (ver pag. 12 e 13).

 

Marvila unida por Saúde

Um grupo de utentes de saúde, moradores de Marvila, Lisboa, reunidos no dia 28 de Janeiro, no Bairro do Condado, constituiu-se em Comissão de Utentes de Saúde de Marvila (CUSM), com o objectivo de encontrar respostas para os problemas dos utentes da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Marvila (UCSPM) e do conjunto da freguesia.

Num manifesto que começou a ser distribuído no dia 31 de Janeiro, informa-se que o acesso a médico e enfermeiro de família e à sala de espera na UCSPM são as necessidades mais prementes desta unidade de saúde, inaugurada no passado dia 18 de Janeiro, pelo ministro da Saúde e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, entre outros participantes.

Segundo os utentes, «não podemos ser tratados como animais ao nos ser imposto termos de ir para a porta da UCSPM, a partir das 6h00 para termos alguma possibilidade de sermos atendidos na nossa consulta ou outra necessidade de saúde, e termos de esperar na rua, ao frio, ao vento e à chuva, até às 8h00».

Abaixo-assinado

Entretanto, um abaixo-assinado foi lançado na madrugada de segunda-feira, 6, junto do equipamento, apoiado numa toma de chá e bolachas, com o objectivo de ajudar a suportar as incompreensíveis condições de quem espera para ter acesso à UCSPM.

Dotar a UCSPM de mais médicos e enfermeiros de família, que assegurem esta necessidade a todos os seus utentes; assegurar o conjunto de meios materiais e humanos, capazes de permitir a prestação de cuidados primários de saúde integrais, mais completos e funcionais; permitir o acesso à sala de espera da UCSPM, desde a chegada dos utentes, são algumas das reivindicações, dirigidas ao ministro da Saúde e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Na Assembleia de Freguesia de Marvila, realizada a 20 de Janeiro, foi aprovada, por unanimidade, uma moção do PCP, com estas e outras exigências.

 



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