Para a JCP, o anúncio do Governo de uma nova fórmula de acesso ao Ensino Superior «implicará um peso ainda maior dos exames na ponderação da nota final de acesso» e vai desvalorizar, ainda mais, a avaliação contínua, «desprezando a sua função fundamental que é a de assegurar a todos os estudantes as condições para superar, com sucesso, todas as fases do percurso educativo».

«Ao contrário da aferição de disparidades face a notas inflacionadas, designadamente nos colégios privados, a vida demonstrou que os Exames Nacionais aprofundam desigualdades, como se vê pelos rankings, ano após ano. Se a pandemia obrigou todos a reconhecerem-no, a verdade é que os estudantes continuam a não estar no mesmo barco: nem todos podem pagar materiais de apoio ou explicações, existem turmas sobrecarregadas e escolas muito degradadas», advertem os jovens comunistas, em nota de 6 de Janeiro.

Assim, «atribuir ainda mais peso à nota do Exame é um passo atrás que contribui apenas para o aprofundar das desigualdades entre alunos, colocando mais pressão num momento da vida dos estudantes que pode correr bem ou mal», refere a JCP.