Direitos e estabilidade nas Forças Armadas, defende o PCP
O PCP está preocupado com o recente anúncio da abertura do concurso para a categoria de Praça em Regime de Contrato Especial no Exército, com duração de 14 anos. Num comunicado do seu Gabinete de Imprensa, emitido no dia 24, o Partido questiona as razões pelas quais não foram abertas as vagas para o quadro permanente, anunciadas em Maio pela ministra da Defesa Nacional.
Avançando-se com o regime agora anunciado, denuncia o PCP, os futuros militares poderão terminar funções, no limite, com 49 anos e «uma vida mais instável a vários níveis». Ao instituir-se um contrato renovável de dois em dois anos e com fim à vista, institucionaliza-se a precariedade nas Forças Armadas, garantem os comunistas, que sublinham ainda o desaproveitamento das competências adquiridas por estes militares. Para o PCP, o futuro dos jovens que entram nas Forças Armadas devia ser claro logo no processo de decisão.
A falta de efectivos nas Forças Armadas, sendo real, «não se resolve com medidas avulsas», destaca o Partido, que defende em alternativa a valorização dos profissionais, «com a definição de carreiras, caracterizações funcionais e competências apelativas, tabelas salariais justas e apoios sociais que respondam às novas realidades».