Manifestação em Seul exige fim da política hostil contra Pyongyang
Milhares de pessoas protestaram no sábado, 13, no centro de Seul, exigindo do governo sul-coreano que ponha fim à sua política de aumento das tensões em relação à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e também à China.
Os manifestantes reclamaram igualmente o fim dos exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos da América e o estabelecimento pelo governo sul-coreano de um tratado de paz e cooperação com Pyongyang.
O protesto ocorre em vésperas do início das maiores manobras militares conjuntas realizadas nos últimos quatro anos por forças dos EUA e da Coreia do Sul.
Entre 22 de Agosto e 1 de Setembro, os exercícios vão simular «uma situação de emergência na península coreana». Washington e Seul anunciaram que nestas manobras participam, na Coreia do Sul, aviões e navios de guerra, tanques e dezenas de milhares de soldados.
As manobras em larga escala envolvendo tropas norte-americanas e sul-coreanas tinham sido suspensas pelo ex-presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, em 2018, após a primeira cimeira entre a RPDC e os EUA. O actual presidente sul-coreano, Yoon Suk-Yeol, em funções desde Maio, decidiu retomar e ampliar os exercícios, considerados por Pyongyang uma ameaça à sua segurança.
Em foco voltou a estar também o sistema de mísseis THAAD, instalado em 2016 na Coreia do Sul pelos EUA e visto pela China com um factor de risco à sua soberania e segurança. O chefe de Estado sul-coreano tem vindo a defender o abandono das promessas feitas pelo governo anterior de não reforçar este sistema, não participar num sistema global de mísseis liderado pelos EUA e não criar uma aliança trilateral envolvendo o Japão.