Construir o aeroporto em Alcochete é a melhor opção
O Jardim do Campo Grande acolheu, no dia 29 de Julho, um debate promovido pelo PCP, sobre «O novo Aeroporto de Lisboa». O Campo de Tiro de Alcochete é a «alternativa viável».
Desactivação faseada do Aeroporto Humberto Delgado
A iniciativa contou com a presença de João Ferreira, vereador do PCP na Câmara Municipal de Lisboa, e teve como objectivo dar a conhecer a proposta que será discutida e votada em sede de Reunião de Câmara, intitulada «Novo Aeroporto de Lisboa: medidas a tomar tendo em vista a sua concretização e a desactivação faseada do Aeroporto Humberto Delgado».
A proposta apresentada pelo Partido pretende mandatar o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, para discutir com o Governo o encerramento faseado da Portela e assumir o Campo de Tiro de Alcochete como a alternativa viável para a construção do novo Aeroporto de Lisboa. Para os comunistas, deverá ainda ser realizada uma campanha de sensibilização da população sobre os impactos na saúde da população e no ambiente decorrentes do funcionamento do Aeroporto Humberto Delgado, tendo por referência os volumes de tráfego actuais e previsíveis no futuro próximo.
Montijo não!
No domingo, 31, a Plataforma Cívica Aeroporto BA6 – Montijo Não levou a cabo um passeio fluvial entre a Baía do Seixal e a zona fronteira à pista 01 da BA6 (Base Aérea do Montijo), sob o mote «Uma imagem vale mais que 1000 palavras». A iniciativa pretendeu chamar à atenção para os impactos da localização do novo aeroporto de Lisboa na BA6, entre os quais o que está associado às limitações para o tráfego das embarcações típicas do Tejo no Canal do Montijo. Esta acção contou com a presença dos presidentes das câmaras do Seixal e de Benavente. Apesar de convidados, não compareceram os representantes das populações de Lisboa, Loures, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.
Para esta Plataforma, a opção Portela+Montijo «significa andar para trás» e «não resolve» um «desígnio antigo e uma necessidade premente que é retirar o Aeroporto de dentro e do centro da cidade de Lisboa». «Há 14 anos que o País tem uma solução estudada, aprovada, com contas feitas e projectos que permitiam a sua execução. Há 12 anos que Portugal tem uma solução que contou com uma Declaração de Impacte Ambiental publicada e que vigorou até Dezembro de 2020 e que e só não continuou em vigor porque a concessionária e o Governo assim o não quiseram», recorda a Plataforma, referindo-se ao Campo de Tiro de Alcochete: «uma solução de futuro». «O presente e o futuro não perdoarão os que, por insuficiente vontade, teimaram em fazer valer uma opção que, em tudo, está em contraciclo com as afirmações», conclui a Plataforma.