O dinheiro que vai para a guerra falta para os direitos da juventude

O Acampamento pela Paz inicia-se amanhã nas Piscinas Municipais de Évora, mas está a ser preparado e divulgado há muito, através do contacto directo com associações e organizações, de distribuições de folhetos, de colagem de cartazes, de pinturas de murais e de publicações nas redes sociais. E, também, em iniciativas públicas como a que se realizou no dia 20 no parque da Quinta das Conchas, em Lisboa, que juntou dezenas de jovens.

Foi lá que encontrámos Inês Reis, da Associação de Estudantes da Escola Secundária Amélia Rey Colaço, em Oeiras, uma das entidades que integra a Plataforma pela Paz e o Desarmamento, organizadora do Acampamento. Apesar de se estar em férias lectivas, a mobilização para o Acampamento está a ser feita – e a correr bem, assume Inês. Para além das publicações nas redes sociais da associação, estão a ser contactados estudantes que «possam ter interesse» em participar e outras associações do concelho, duas das quais, aliás, já subscreveram o apelo do Acampamento pela Paz.

O panorama da mobilização não é muito diferente nos restantes concelhos do distrito de Lisboa, conta João Carvalho, da JCP (que também faz parte da Plataforma). Para além das associações de estudantes do Ensino Secundário, também as do Ensino Superior têm aderido, tal como outras organizações e movimentos de diferentes áreas de intervenção. O objectivo, e a expectativa, é que participem no Acampamento pela Paz cerca de duas centenas de jovens de todo o País, acrescenta.

Este será o primeiro Acampamento de Inês e a expectativa é elevada. De conhecer jovens de diferentes locais e com eles debater o que se passa em Portugal e no mundo. A primeira edição foi em 2010, em plena contestação à realização em Portugal da cimeira da NATO, e nos últimos anos não houve, devido à epidemia. Do programa do Acampamento pela Paz constam debates, desporto, música, workshops e um roteiro dedicado à obra de José Saramago. Para João Carvalho, este será um momento alto de afirmação dos valores da paz, do desarmamento e dos direitos da juventude.

Na intervenção que dirigiu aos jovens presentes na iniciativa de dia 20, Inês Reis garantiu que nos dias do Acampamento a luta por um mundo mais justo, livre e de paz «partilha espaço com a diversão, o convívio e a alegria». E garantiu que dele sairá reforçada a consciência de que a guerra não serve a juventude e que o dinheiro que a alimenta é o que falta todos os dias para garantir os direitos à educação, à saúde, à habitação, à cultura e ao desporto.

Inscrições e mais informações nas redes sociais da Plataforma pela Paz e o Desarmamento.

 



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