Luta dos utentes da saúde prossegue em Beja
Hoje, às 18h30, os utentes do concelho de Beja vão concentrar-se junto à entrada principal do Hospital José Joaquim Fernandes em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
20 de Julho foi dia de luta pelo direito à saúde
O protesto promovido pela Comissão de Utentes de Beja tem como objectivo reclamar do Governo mais enfermeiros, auxiliares e valências para o Hospital «Não dá mais! Exigimos soluções para problemas que se arrastam ano após ano», acentua a Comissão, que apela à participação de todos, utentes e profissionais de saúde, nesta acção. Este será, portanto, «um dia de denúncia, de unidade e de luta pela resolução» dos problemas no sector e pela «efectivação de um SNS público, gratuito e de qualidade para todos».
Uma das críticas avançadas prende-se com o facto de estar por construir a segunda fase do Hospital. Recorde-se que o PCP apresentou, no âmbito do Orçamento do Estado para 2022, uma proposta de ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes, que foi rejeitada com os votos do PS.
Acções de Norte a Sul
No dia 20, realizou-se uma concentração frente ao Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, no âmbito da acção nacional do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). Na acção foi aprovada uma resolução que exige ao Ministério da Saúde, entre outras medidas, a reparação das extensões de saúde em Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém) e do Centro de Saúde de Alcácer do Sal, entre outros; a reabertura da Urgência do Centro de Saúde de Grândola, 24 horas; a colocação em actividade das consultas médicas de Pediatria no HLA.
Mais a Norte, no Largo da Feira Velha dos Carvalhos, em Gaia, os utentes reivindicaram a reabertura dos Serviços de Atendimento a Situações Urgentes (SASU) dos Carvalhos e de Soares dos Reis, encerrados em 2018 e substituídos por um só serviço, instalado em local mal servido de transportes públicos e de acesso complicado. Acções semelhantes aconteceram em Aveiro, Lisboa, Pontinha, Seixal e Messines.
Na segunda-feira, 25, as comissões de utentes do concelho de Alcanena e do Médio Tejo entregaram, na sede da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, em Lisboa, quatro mil assinaturas a reivindicar melhores serviços de saúde.
Com mais de sete mil utentes sem médico de família atribuído, numa população com 12 478 residentes, a população reivindica a urgente melhoria dos cuidados de saúde primários, com mais médicos de família e a reabertura das extensões encerradas nas freguesias.