Protestos no Sudão aumentam enfrentando a repressão

Centenas de milhares de sudaneses responderam ao apelo dos Comités de Resistência e encheram na quinta-feira passada as ruas de Cartum e de outras cidades do Sudão, no que foram as maiores manifestações desde o golpe militar de 25 de Outubro de 2021. Estas Marchas dos Milhões de 30 de Junho foram convocadas para assinalar os 33 anos do golpe de Estado que derrubou o último governo eleito do país e deu início à ditadura de Omar Al-Bachir que duraria 30 anos.

Apesar das manobras das forças repressivas, que detiveram activistas na véspera e suspenderam ligações telefónicas e pela Internet, os manifestantes protestaram contra os golpistas no poder, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, exigiram o regresso dos militares aos quartéis e mostraram o seu apoio à formação de um governo democrático civil.

A repressão policial foi brutal, com disparos de armas de fogo e lançamento de granadas de gás contra os manifestantes. Foram mortas seis pessoas em Omdurman, uma em Bahri e duas em Cartum, as três cidades da área metropolitana da capital. O Comité Central dos Médicos Sudaneses confirmou que, além das vítimas mortais, centenas de pessoas ficaram feridas e muitas outras foram presas.

Os Comités de Resistência, o Partido Comunista Sudanês e outras forças apelam à coordenação das forças democráticas e rejeitam negociações com os golpistas bem como a participação dos militares num governo de transição.




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