Portalegre não pode perder
O encerramento dos internatos distritais «de Santo António e de Nossa Senhora da Conceição, instituições que há mais de um século asseguram, em Portalegre, uma resposta social de inquestionável qualidade a crianças e jovens em risco», merece o repúdio da Comissão Concelhia de Portalegre do PCP. Em comunicado, o Partido considera que o desfecho agora anunciado resulta de anos de demissão do Estado (…), com reiteradas tentativas de proceder à sua privatização», que culminaram «com o regresso destas instituições à esfera pública» e, desde 2014, na celebração de «um acordo de cooperação público-privado com a Santa Casa da Misericórdia».
Esta, «não obstante os avultados investimentos públicos na requalificação dos edifícios e nas despesas de funcionamento» colocou-as «à mercê de modelos de gestão erráticos e mais vocacionados para o lucro e o financiamento próprio do que para a salvaguarda dos interesses e da qualidade de vida dos jovens institucionalizados», critica ainda o PCP, que denuncia, além do mais, a posição «adoptada por alguns eleitos municipais, desde logo toda a bancada do PS, que se absteve» numa moção apresentada na Assembleia Municipal pela bancada de eleitos pela CDU.
Entretanto, um grupo de cidadãos de Portalegre entre eles antigos directores e encarregados das duas casas de acolhimento de menores que a Santa casa da Misericórdia local decidiu encerrar, lançaram um abaixo-assinado a exigir que o Governo assegure o seu funcionamento», noticiou a Lusa. Entre os primeiros 20 subscritores está Luís Pargana, mandatário das candidatura da CDU nas últimas autárquicas no concelho.