EUA enviam mais armas para bases ilegais na Síria

Tropas norte-americanas reforçam com armas e munições as bases militares ilegais dos EUA na Síria, ao mesmo tempo que roubam petróleo, gás e trigo do país árabe. Está, entretanto, prevista para breve, no Cazaquistão, mais uma ronda de negociações para a paz, patrocinadas por Rússia, Irão e Turquia.

EUA continuam a reforçar posições e a saquear riquezas sírias

O Pentágono enviou reforços que incluem armas e munições para as bases militares ilegais dos Estados Unidos da América na província nortenha de Hasakeh, a mais rica em petróleo, gás e trigo da Síria.

Um comboio militar de 50 camiões com equipamento entrou no dia 26 de Maio em território sírio pelo posto fronteiriço ilegal de al-Walid, procedente do Norte do Iraque, comunicaram activistas locais à agência noticiosa SANA. A caravana dirigiu-se a vários enclaves estabelecidos por Washington sem autorização do legítimo governo sírio.

Como em ocasiões anteriores, os reforços foram protegidos por veículos blindados norte-americanos e das chamadas Forças Democráticas da Síria (FDS) que operam a mando do Pentágono.

Os EUA têm na Síria pelo menos uma dúzia de bases militares, na sua maioria nos campos de petróleo e gás da região Nordeste de Al-Jazira, principalmente em Hasakeh, ao mesmo tempo que mantêm uma base na zona de Tanef, na fronteira com o Iraque, para tentar impedir comunicações terrestres entre os dois países árabes.

Damasco denuncia repetidamente a presença ilegal de tropas de ocupação norte-americanas e assegura que as acções do Pentágono na Síria incentivam a actividade terrorista e visam desestabilizar o país e saquear as suas riquezas.

 

Negociações para a paz
este mês no Cazaquistão

Patrocinada pela Rússia, Turquia e Irão, a próxima ronda de negociações para a paz na Síria terá lugar em meados de Junho, em Nursultan, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão.

Um porta-voz governamental, Aybek Smadiyarov, precisou que se trata do 18.º ciclo de conversações, que decorrerá de 14 a 16 deste mês. Acrescentou que se aguarda a confirmação das partes implicadas, após o convite enviado aos três países garantes.

A anterior ronda do diálogo nesta plataforma, conhecida como formato de Astana, celebrou-se a 21 e 22 de Dezembro de 2021, também na capital cazaque.

Nesse encontro, o representante especial da Rússia para a Síria, Alexander Lavréntiev, afirmou que após 11 anos de guerra imposta à Síria, a recuperação sócio-económica do país árabe custará aproximadamente entre 600 mil e 800 mil milhões de dólares.

No fecho da anterior ronda, os participantes reiteraram a necessidade de eliminar os obstáculos – recorde-se que a Síria está sujeita a crueis sanções económicas impostas pelos EUA e pela UE à margem das ONU – e aumentar a assistência humanitária aos sírios em todo o país, sem discriminação, politização ou condições prévias.

Os representantes do formato Astana também condenaram e apelaram ao fim das agressões israelitas, que violam o direito internacional, a soberania da Síria e dos países vizinhos, e ameaçam a estabilidade e a segurança da região.

A Síria vive, desde 2011, uma guerra de agressão em que as forças governamentais enfrentam grupos armados e organizações terroristas, patrocinados pelos EUA e países aliados. Há negociações em curso que procuram uma solução política para o conflito e o retorno dos refugiados sírios, até agora boicotadas pelos EUA. As negociações estão organizadas em duas plataformas: uma em Genebra, sob os auspícios das Nações Unidas; e outra, a de Astana, mediada por Moscovo, Ancara e Teerão.

 



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