Ao intervir na abertura da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o presidente Xi Jinping convidou estes países a defender a democracia e a liberdade, visando injectar estabilidade e vitalidade nas relações internacionais num período de turbulências e transformações. Pediu-lhes também que se oponham à hegemonia, à política da força, à mentalidade de «guerra fria» e à confrontação entre blocos, bem como a rejeitar qualquer tentativa de procurar segurança própria à custa de outros países, porque isso só engendrará novas tensões e riscos.

No final da reunião, sob o lema «Fortalecimento da solidariedade e cooperação dos BRICS; resposta às novas características e desafios da situação internacional», uma declaração conjunta apoia negociações entre a Rússia e a Ucrânia e manifesta preocupação pela situação humanitária na região. Expressa «profunda preocupação» pela situação no Médio Oriente e no Norte de África. E condena de forma enérgica o terrorismo «em todas as suas formas e manifestações, em qualquer momento, em qualquer lugar e por parte de quem quer que o cometa».

O encontro ministerial, que se realizou por videoconferência, no dia 19, devido à crise sanitária na China, preparou a 14.ª Cimeira dos BRICS, agendada para 24 de Junho. A Argentina, que manifestou vontade de integrar o grupo, foi convidada, pela primeira vez, a participar tanto no encontro ministerial como na cimeira dos chefes de Estado.

Os BRICS constituem uma articulação económica-comercial entre cinco economias emergentes do mundo e que compartem como características comuns dispor de grande população, vasto território e importante quantidade de recursos naturais.