É na luta que se tempera o aço

Como já ficou evidente nas curtas histórias aqui relatadas em semanas anteriores, existe uma miríade de motivos que trazem uma pessoa até ao PCP. Para alguns, é o confronto com a dura realidade laboral que os faz procurar respostas aos seus anseios, para outros é um familiar ou um amigo que lhes dá a conhecer o Partido. O caminho não é, de todo, linear.

Esta semana chegaram ao Avante! relatos de dois estudantes do Ensino Superior que vieram à organização revolucionária da juventude – a JCP – e, por seu intermédio, ao PCP, através da luta. Ambos participaram, por exemplo, na manifestação de dia 24 de Março que assinalou os 60 anos da Crise Académica de 1962.

Vasco é de Almada, tem 20 anos e estuda Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi o seu pai, também militante comunista, que o levou pela primeira vez, ainda em criança, a uma iniciativa do PCP, mas foi só na Festa do Avante!, à qual vai desde os seus 12 anos, que ficou a conhecer melhor o Partido.

Já no Ensino Secundário, por volta dos seus 15 anos, começou a olhar o mundo com olhos de ver e a percepcionar as injustiças que o rodeavam. Foi desde então que começou a perceber no PCP as propostas necessárias para esse conjunto de problemas. Ao mesmo tempo, viu no Partido o melhor instrumento para transformar a realidade.

Só se inscreveu quatro anos depois, aos 19. O espaço, na sua opinião, mais politizado da Faculdade, o contacto com outros camaradas, a perspectiva de que o mundo existe para ser transformado e de que o Partido é o melhor caminho para o fazer, somaram-se à sua motivação e Vasco deu o salto para a luta organizada.

Quando questionado acerca do que que mudou desde então, o jovem comunista responde que apesar de começar a entregar muito mais do seu tempo e trabalho à construção do projecto de uma sociedade socialista, a sua vontade de mudar o mundo só cresceu.

Em relação ao futuro, Vasco afirma, com confiança que continuará «disponível para tudo aquilo que tanto a JCP, como o PCP, necessitarem» dele. «Continuar com o trabalho que realizo no quadro unitário e continuar a construir este colectivo, esta organização, este ideal e este projecto», acrescenta.

Mariana é natural de Lisboa, tem 19 anos e estuda Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico de Lisboa. Em 2020, apercebendo-se da enorme ofensiva ideológica de que o PCP estava a ser alvo, decidiu ir à Festa do Avante! com a sua irmã.

Apesar de então, como conta, nem sequer fazer ideia do que era o marxismo-leninismo, apercebeu-se da real força do Partido e o impacto concreto que este tem na vida dos portugueses.

A partir daí começou a procurar mais acerca do Partido e da JCP. Em Janeiro de 2021, no âmbito da campanha de João Ferreira para as eleições presidenciais, participou numa iniciativa sobre a habitação. Acabou por conhecer alguns camaradas da sua escola secundária e passado uns meses começou a ir ao Centro de Trabalho Vitória pintar faixas. Daí até se inscrever, foi um salto.

Já na faculdade, passou a integrar a Direcção da Organização do Ensino Superior de Lisboa da JCP, onde assume responsabilidade pelas residências, pelo ficheiro e pela Festa do Avante!.

 

 



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