Comemorar Abril «no respeito pela verdade»
O Secretariado do Comité Central do PCP endereçou ao comissário para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, Pedro Adão e Silva, uma carta em que considera que, independentemente de posicionamentos e ângulos de avaliação diversa, comemorar Abril deve ser feito no respeito pela verdade histórica, sem rasuras, apagamentos ou discriminações.
Na missiva, o Partido afirma que «não pode deixar de registar, com inquietação e até perplexidade, elementos já em desenvolvimento associados às comemorações oficiais que podem indiciar uma abordagem determinada por critérios que, objectivamente, não correspondem aos pressupostos referidos».
Exemplo disso mesmo, detalha-se no texto, é a «exclusão ostensiva da participação do PCP na evocação dos 60 anos da crise académica de 1962, em que militantes do PCP – como, entre outros, Albano Nunes e Manuela Bernardino – assumiram papel destacado na organização e condução das lutas estudantis».