Privatização da EFACEC é prejuízo para o País

«O Estado português não pode ser chamado a intervir em empresas privadas,quando estas se revelam incapazes de honrar os seus compromissos, injectar significativos recursos públicos, para depois serem entregues novamente à lógica dos interesses do grande capital».


O carácter estratégico da EFACEC reclama outras opções

A situação é recorrente e repete-se sempre que «novas dificuldades surgem no horizonte», lembra ainda o PCP. Em causa, desta feita, está a decisão do Governo, anunciada na quinta-feira, 24, de « proceder à reprivatização de 71,73 por cento do capital social da EFACEC, entregando-a ao grupo DST, SGPS».

Numa primeira apreciação, para o Partido, esta nova privatização da EFACEC – empresa que ao longo da sua existência teve por diversas vezes intervenção pública – não garante nem o futuro, nem o papel estratégico que esta pode e deve ter ao serviço do desenvolvimento da economia nacional».

«Pelo contrário», acrescenta-se em nota divulgada pelo gabinete de imprensa do PCP, «uma vez feita a nacionalização da EFACEC, como aconteceu no Verão de 2020, deveriam ter sido criadas todas as condições para o desenvolvimento e robustecimento da empresa, designadamente na valorização dos seus mais de dois mil trabalhadores e na definição da sua estratégia de intervenção, ao serviço do desenvolvimento da indústria nacional e do País».

«Quer o histórico quer o carácter estratégico da EFACEC exigiam outras opções por parte do Governo PS, conservando e desenvolvendo a empresa na esfera pública, potenciando a sua capacidade industrial e de investigação e inovação, integrando-a numa estratégia mais ampla de defesa da produção nacional e da soberania do País», insiste, a concluir, o Partido.



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