Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresa de Defesa (STEFFAs), a interrupção do serviço de refeitório «representa um duro revés» nas condições de trabalho.

Num ofício enviado à administração da empresa (Arsenal do Alfeite, SA) e dado a conhecer em comunicado, o sindicato reivindica que sejam tomadas as «medidas necessárias» para o regresso do refeitório ao funcionamento nos moldes anteriores, e lembra que, além do «impacto negativo em termos de condições de trabalho», a «ausência de um serviço de refeitório completo e condigno atenta contra a própria tradição da AA» e «elimina uma mais-valia importantíssima para a motivação do actual pessoal, para o recrutamento e fixação de novos trabalhadores e, até, perante os clientes do estaleiro».

O STEFFAs acusa ainda a empresa de navegar «por águas perigosas». «À situação já grave criada pelas faltas crónicas de pessoal, de investimento, de equipamentos e pelo atraso na modernização do estaleiro», somam-se outros «sinais muito preocupantes», nomeadamente uma «tendência crescente no recurso à subcontratação». Também a Marinha continua, numa tendência também crescente, «a adjudicar trabalhos habitualmente executados na AA a outras entidades», acusa o sindicato. Sobre as recentes admissões de pessoal, constata-se que «continuam a ser claramente insuficientes», uma vez que nem sequer compensam as saídas por aposentação.