O Conselho Nacional (CN) do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) esteve reunido no dia 12 de Fevereiro, em Lisboa, para analisar a situação eco-política nacional e internacional. No órgão máximo entre convenções foi também projectada a acção ecologista para os próximos meses.

Um dos temas em debate foi, naturalmente, o da seca que atinge todo o País, «mais um momento de alerta para a necessidade de mudança nas políticas de gestão da água». No comunicado do CN, o PEV lembra que a «situação actual das barragens, quase todas com quotas abaixo do que seria desejável, decorre das opções pelo lucro das empresas que as exploram, para produzirem electricidade», bem essencial que «atingiu o maior preço de sempre, levando as empresas a usarem demasiada água».

«A situação que vivemos mostra bem que este recurso essencial não pode estar nas mãos dos privados e que é necessária outra política pública», afirmam os ecologistas, recordando que a opção pela construção de mais barragens, «decidida apenas para responder a interesses privados e sem qualquer planeamento», leva a situações como no Alqueva, «com milhares de hectares de culturas que reclamam milhões de hectolitros de água e ausência de capacidade de produção de alimentos para alimentar as populações».

Segundo o PEV, a «realidade mostra ainda mais a importância da pequena e média agricultura, que tem capacidade de se adaptar às condições, para garantir a alimentação dos portugueses, sendo cada vez mais importante a adopção de políticas de produzir e consumir local».