A campanha decorre das decisões do XXI Congresso e foi sublinhada no comunicado do Comité Central do passado mês de Junho, que a refere como tendo sido «decidida no âmbito do Centenário do Partido» e da necessária «afirmação da independência financeira do Partido». Dirigida «a todos os membros do Partido, independentemente do valor da sua quota actual», os objectivos assinalados de valorização do montante e do seu pagamento regular são concretizados de forma indicativa no mesmo texto, lembrando-se a necessidade de que «mais camaradas fixem o mínimo de 1 por cento do rendimento – base de referência – como valor da quota mensal, e que, não podendo ainda atingir esse valor, aumentem o valor da quota mensal em pelo menos um euro».

Acresce que, colectivamente, devem ser tomadas medidas para aumentar o «número de camaradas com a responsabilidade do recebimento de quotas», bem como para alargar o recurso a «outros meios disponíveis para o pagamento regular, nomeadamente a transferência bancária».

Não é novidade, mas importa continuar a ter presente e com acrescida importância, que a quota é a mais importante receita do PCP. A sua centralidade não decorre apenas do peso que assume no conjunto das receitas, mastambém do facto de ser um elemento estável que depende apenas dos comunistas e das suas organizações – o que significa uma garantia da independência financeira e, bem assim, orgânica, política e ideológica do Partido.

A quota actualizada e em dia representa muito mais do que o seu valor pecuniário, traduzindo-se no cumprimento de um dever primordial da militância. Constitui, ainda, um vínculo com o colectivo, o seu ideal e projecto, com as necessidades que se colocam para a intervenção quotidiana do PCP, a compreensão de que sem o reforço de meios é mais difícil ao Partido da classe operária e de todos os trabalhadores vencer limitações, silenciamentos e manipulações, cumprir o seu papel de partido comunista ao serviço dos trabalhadores e do povo.