Governo e Metropolitano negam linha directa de Odivelas a Lisboa

A consignação dos trabalhos de expansão do Metropolitano de Lisboa conforme o projecto defendido pelo Governo «é uma dura machadada para as populações de Odivelas», denuncia a Comissão Concelhia do PCP.

A linha circular só favorece os interesses especulativos e imobiliários

Em nota de imprensa, divulgada um dia depois de o Governo e a empresa pública terem formalizado o início da construção de dois novos viadutos no Campo Grande, parte da contestada linha circular, a organização comunista em Odivelas protestou «veementemente», uma vez que, explicou, este passo conduz à «destruição da ligação de metropolitano entre Odivelas e o centro da cidade de Lisboa».

O Partido acusa mesmo o Metropolitano e o executivo do PS de concretizarem a polémica decisão «com o silêncio cúmplice da maioria absoluta do PS na Câmara Municipal de Odivelas» e «aproveitando o frenesim mediático em torno das medidas de combate à pandemia».

Trata-se de «uma dura machadada para as populações de Odivelas, que ficam assim privadas de uma ligação directa e rápida ao centro da cidade [de Lisboa]», insiste a Comissão Concelhia do PCP, para quem acresce o esbanjamento de «cerca de 19,5 milhões de euros numa obra desnecessária».

Os comunistas odivelenses sustentam a «inutilidade» da linha circular no facto de esta não servir as necessidades de mobilidade das populações, favorecendo somente «os interesses especulativos e imobiliários, existentes e previstos para o centro da cidade de Lisboa».

Fica uma vez mais demonstrado que o que move Governo e Metropolitano de Lisboa «não é o interesse público, mas os interesses privados», prossegue o PCP, para quem «este dinheiro seria útil se fosse usado numa verdadeira expansão da rede, nomeadamente ao concelho de Loures».

A Comissão Concelhia de Odivelas do PCP compromete-se, por isso, a denunciar junto da população de Odivelas «este presente de Natal envenenado e assegura que continuará a lutar «para travar este caminho de destruição da ligação de Odivelas ao centro da cidade de Lisboa».

Os trabalhos agora consignados têm como objectivo criar um anel na Linha Verde, o que implica que a população da zona norte de Lisboa e dos concelhos além desta terão de fazer transbordo no Campo Grande para chegar ao Marquês de Pombal, já que a actual Linha Amarela, que termina no Rato, passará a ligar Odivelas a Telheiras.




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