Novo ano renova exigência de resolução dos problemas
O PCP mantém-se firmemente determinado em bater-se para que «os recursos disponíveis não sejam afogados em corrupção e offshores e sirvam efectivamente para promover o desenvolvimento do País e a melhoria das condições de vida das populações».
O aumento generalizado dos salários é uma reivindicação do Partido
A exigência foi reiterada por António Filipe, em conferência de imprensa de reacção à mensagem de Ano Novo do Presidente da República. O membro do Comité Central do Partido registou a preocupação de Marcelo Rebelo de Sousa «relativamente àquilo que deve acontecer e que deve ser feito no ano de 2022», bem como acerca «de que fundos estarão disponíveis e [como] deverão ser utilizados para a solução dos problemas concretos das pessoas», considerando mesmo tal constatação «uma evidência».
Nesse sentido, «isso implica» a execução de medidas como «o aumento generalizado dos salários», já que «Portugal não deve continuar a ser um país com uma economia assente em baixos salários», sublinhou.
A reclamar respostas estão, igualmente, problemas como «a precariedade, que continua a marcar as relações laborais», a dignificação da contratação colectiva e a criação de «condições de conciliação entre aquilo que é vida laboral e a vida pessoal»dos trabalhadores.
António Filipe referiu-se, ainda, à necessidade de «reforçar significativamente o Serviço Nacional de Saúde», decisão cuja oportunidade é «particularmente importante nos tempos de epidemia que ainda estamos a passar».
Quanto ao SNS, o deputado do PCP na Assembleia da República e primeiro candidato da CDU pelo círculo eleitoral de Santarém nas próximas eleições, realçou a urgência de «resolver problemas que estão para além daqueles que são solicitados pela epidemia».
«Garantir condições de acesso à habitação e a [outros] direitos sociais fundamentais, designadamente através da gratuitidade das creches e de criação de condições que permitam, particularmente aos mais jovens, fazer a sua vida e ter condições para ter uma vida previsível», foram outras matérias também salientadas por António Filipe, glosando, aliás, palavras do Chefe de Estado na sua mensagem de Ano Novo, que apelou à construção de soluções político-sociais que assegurem «previsibilidade» na vida nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa manifestou, por outro lado, desejo de que se «dê voz ao pluralismo de opiniões e de soluções», combata a corrupção e a pobreza, em especial entre os idosos e crianças, e chamou a atenção para o bom uso dos fundos europeus, que, no seu entender, são «irrepetíveis».