Em causa a 30 de Janeiro estão soluções para o País

Jaime Toga (Membro da Comissão Política)

As eleições legislativas de 30 de Janeiro são um momento importante para, por via do reforço da CDU, criar melhores condições para garantir as respostas e soluções de que os trabalhadores, o povo e o País precisam.

Falar dos problemas concretos que afectam as pessoas

Respostas e soluções para resolver problemas de fundo que os avanços dos últimos anos, por serem limitados e insuficientes, não atenderam. Respostas e soluções que o PS, incapaz de romper com os interesses do grande capital e as imposições da UE, recusou.

Sem deixar de valorizar os avanços alcançados – inseparáveis da luta e da acção determinada e decisiva do nosso Partido – é inaceitável que, havendo meios financeiros, não sejam canalizados para responder à situação dos trabalhadores que continuam a viver abaixo do limiar da pobreza em virtude dos baixos salários que auferem; que as relações laborais continuem marcadas pelo ataque e atropelo aos direitos e pelo desrespeito por quem trabalha; que os serviços públicos, e em particular o SNS, não tenham meios para cumprir o seu papel e garantir resposta a todos os que deles precisam; que se perpetuem injustiças, assimetrias e desigualdades no País; que não se apoie e promova a produção nacional, pondo o País a produzir, criando emprego, produzindo cá muito daquilo que importamos.

Conscientes da dimensão da ofensiva ideológica e da tentativa de nos responsabilizar pela «crise», de tentarem desvalorizar a nossa intervenção e criar um ambiente negativo em torno da CDU para limitar a nossa intervenção e condicionar a campanha eleitoral, há razões para enfrentar a campanha eleitoral e as eleições com confiança, tratando dos problemas concretos e de medidas para os superar.

Tratar do concreto,
da vida de cada um

Na campanha eleitoral que temos pela frente, enquanto outros se irão entreter a falar de forma abstrata da crise política, nós falaremos do concreto dos trabalhadores cujo salário não chega para o mês todo. Enquanto outros falam da necessidade de estabilidade, nós lembraremos a necessidade concreta de aumentar pensões e reformas, impedindo que os pensionistas e reformados continuem a perder poder de compra. Enquanto os outros falam da transição energética, nós lembraremos que a maioria das famílias não tem dinheiro para aquecer a sua casa no Inverno que se aproxima.

Tal como fizemos até aqui, também na campanha eleitoral, será de gente concreta, de problemas concretos e da necessidade de respostas de que trataremos; é de opções que se trata e não da defesa, em abstracto, do governo A ou do governo B. É, também por isso, de respostas e soluções para o País que trataremos no dia 30 de Janeiro e não da eleição de um primeiro-ministro ou um governo.

E, no momento da decisão quanto ao voto, podemos garantir a todos que o voto na CDU contará sempre para esse tal objectivo de encontrar respostas e soluções, é um voto que contará sempre para procurar e apoiar medidas de valorização dos salários e pensões, para a defesa e valorização do trabalho e dos trabalhadores, para reforçar o SNS e impedir a sua entrega a privados.

CDU é a opção segura

Cada voto na CDU corresponde a uma opção segura de que servirá sempre para apoiar a luta e os que lutam. É um voto que dá força a quem nunca desistiu de lutar pelo emprego e pelos serviços públicos. É um voto em quem esteve sempre lá, junto dos trabalhadores e das populações, que nunca faltou a nenhuma luta, a nenhum combate pelos valores de Abril.

Cada voto na CDU é a sólida garantia de que servirá para fechar a porta à direita e impedir a maioria absoluta do PS, combatendo a política de direita e a gula dos que, tendo meios para responder às necessidades do País, recusaram e fizeram um caminho que procura afastar o PCP da possibilidade de influenciar o rumo a vida política nacional.

Com a autoridade de quem nunca desperdiçou nenhuma oportunidade para alcançar avanços ou medidas positivas, com a confiança de quem é portador de um projecto alternativo, assente na política patriótica e de esquerda, partimos para o esclarecimento, convocando os comunistas, os seus aliados e todos os democratas para a tarefa do esclarecimento e da mobilização para o apoio à CDU.




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