Na Fortaleza de Peniche foi inaugurada a exposição «PCP - 100 Anos de Vida e de Luta», organizada pela Comissão Concelhia do PCP em colaboração com o Museu Nacional Resistência e Liberdade. Na sessão de domingo, 21, intervieram Aida Rechena, directora do Museu Nacional Resistência e Liberdade, Ângelo Alves, membro da Comissão Política do Comité Central, Manuela Bernardino, ex-membro dos organismos executivos do CC e fundadora da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, e Domingos Abrantes, ex-preso político, ex-dirigente do PCP e actual conselheiro de Estado.

Domingos Abrantes lembrou, na ocasião, que «comemorar o Centenário do PCP é não só transmitir uma experiência de luta única, mas é também e sobretudo um incentivo à luta pela liberdade, por um Portugal Democrático e progressista», e que «o historial de um século de existência do PCP» é o de um Partido «com natureza de classe própria», de defesa inigualável dos trabalhadores.

Manuela Bernardino, por seu lado, salientou o «profundo significado» que tem a inauguração naquele espaço de uma exposição do Centenário do PCP. «Porque a cadeia do Forte de Peniche, pela sua localização e pelo regime prisional que vigorou ao longo de anos de tratamento desumano, de vexames e brutalidades sobre os presos, foi um dos principais centros de repressão do fascismo, só ultrapassado pelo que se passou no Tarrafal – campo da morte lenta – ou nas prisões políticas de Angra do Heroísmo».

No fim-de-semana anterior, em Salvaterra de Magos, sábado, 13, decorreu a apresentação do livro «100 Anos de Luta», numa sessão em que interveio Patrícia Machado, da Comissão Política. A obra foi igualmente apresentada no domingo, 14, no Centro de Trabalho de Vila Franca de Xira, iniciativa do sector empresas concelhio do PCP que se seguiu à pintura de vários murais alusivos ao Centenário e às lutas em curso e ainda no Salão da Junta de Freguesia de Castanheira do Ribatejo, no passado dia 19 de Novembro.

Dia 1, no Alentejo

Já no próximo dia 1 de Dezembro, realiza-se, em Santiago do Cacém, o primeiro de quatro espectáculos promovidos pela Direcção Regional do Alentejo (DRA) no âmbito do Centenário do PCP. Seguem-se apresentações em Avis, no dia 11 de Dezembro, em Évora e em Beja, estes últimos a 12 e a 19 de Fevereiro de 2022, respectivamente.

«É tão lindo o meu Partido!», que no total vai envolver largas dezenas de artistas, é um espectáculo que «recorre a peças literárias, poéticas, musicais de tipo tradicional, popular ou erudito, discursivas ou jornalísticas, para contar a história do PCP desde a década de 1920, cruzando os planos locais e regionais com os planos nacional e internacional da luta do povo alentejano e do povo português».