Acelerar a vacinação exige reforço de meios
O PCP recusa «dramatismos artificiais» mas sublinha que para evitar o agravamento da situação epidemiológica é preciso reforçar a vacinação até ao Natal.
Este é um momento crucial para fortalecer a resposta pública
Em conferência de imprensa após a reunião com especialistas no Infarmed, sexta-feira, 19, Bernardino Soares falou mesmo em «contra-relógio para podermos chegar ao momento mais crítico (final de Dezembro, Janeiro e Fevereiro) com o reforço da vacinação já feito, com a vacina da gripe administrada e com outras medidas também tomadas».
O membro do Comité Central do PCP salientou que «o desafio fundamental para o próximo mês», para que «a quebra da eficácia das vacinas não coincida com o período em que há mais gripe, mais doenças respiratórias», é proceder a «um enorme esforço para acelerar a vacinação».
«Mas isso não se faz por decreto» nem sem «reforçar os meios que estão no terreno»», alertou ainda Bernardino Soares, que exemplificou a justeza da reivindicação com o facto de «os profissionais nos centros de vacinação» estarem «há quase um ano em sobre-esforço», sendo «preciso tomar medidas imediatas para reforçar os meios nos centros de vacinação, centros de saúde e nalguns hospitais», bem como «nas unidades de saúde pública», as quais, com o aumento do número de infecções, «brevemente vão deixar de conseguir fazer todos os inquéritos epidemiológicos».
Desde o início do processo de vacinação que o Partido tem vindo a reclamar a disponibilização de mais meios humanos e materiais e melhores condições laborais para os profissionais de saúde, recordou também o dirigente comunista. Contudo, insistiu, este é um momento crucial para fortalecer a resposta pública, sob pena de não se conseguir «atingir o objectivo de uma cobertura vacinal adequada antes do Natal, que é o que nos garante que não vamos atingir as linhas vermelhas dos internamentos, em particular dos internamentos nos cuidados intensivos».