Em Coimbra, quinta-feira, 11, decorreu um debate intitulado «Ciência e Tecnologia ao serviço do desenvolvimento do País», que contou com a presença de Ana Valente, ex-bolseira de investigação científica na Universidade de Aveiro e membro do Secretariado da Direcção da Organização Regional de Coimbra, e Nuno Peixinho, investigador do instituto de astrofísica e ciências do espaço da Universidade de Coimbra.

António Martins, professor catedrático na mesma Universidade, moderou uma sessão em que foram destacados o papel essencial da ciência e da tecnologia no progresso e a forma como o modo de produção capitalista subverte os avanços alcançados, colocando-os ao serviço da maximização de lucro de uma minoria em vez de contribuírem para o desenvolvimento económico e social.

O caso concreto de Portugal foi particularizado, sublinhando-se que os sucessivos orçamentos do Estado têm alocado apenas metade da meta de três por cento de financiamento para o sector e, mesmo assim, com uma parte substancial a ser investida em iniciativas privadas de grande envergadura, que mercantilizam a ciência e utilizam fundos públicos para contratar investigadores com vínculos precários.

Assim, exigiu-se a integração definitiva na carreira dos investigadores naquela situação, que nem direito à protecção social têm, no quadro da urgente valorização da ciência e tecnologia como um activo público essencial ao futuro do País.

Vermelhos

Antes, no domingo, 7, a Organização Concelhia de Setúbal do PCP juntou cerca de meia centena de camaradas num debate sobre a Revolução de Outubro. Na iniciativa foi exibido um vídeo alusivo à efeméride, seguindo-se uma conversa com Albano Nunes, da Comissão Central de Controlo.

No mesmo dia 7 de Novembro, quando se assinalaram 104 anos sobre a Revolução de Outubro, em Sines, a Direcção da Organização Regional do Litoral Alentejano (DORLA) promoveu um almoço do Centenário do Partido. Cerca de 150 camaradas e amigos compareceram no convívio em que intervieram Paulo Raimundo, do Secretariado do Comité Central do PCP, e Hélder Guerreiro, do Executivo da DORLA, o primeiro realçando o papel dos comunistas e os combates em curso, e o segundo dando particular ênfase à ofensiva patronal e problemas das populações na região.

Já no dia 14, em Mafra, a Organização Concelhia do PCP promoveu um magusto em que usaram da palavra Cátia Almeida e Jorge Humberto, da Direcção da Organização Regional de Lisboa, salientando a necessidade de manter o empenho, a confiança e a disponibilidade militante face às tentativas cada vez mais intensas de ocultar e calar o Partido.

Também no passado domingo, na Póvoa de Varzim, a Comissão Concelhia organizou um almoço comemorativo do Centenário do PCP. Perante cerca de 40 camaradas e amigos, Ana Mesquita, deputada na Assembleia da República, destacou o papel do PCP nos últimos 100 anos: Partido decisivo na resistência ao fascismo, na Revolução de Abril e em todas as suas conquistas, na luta e a denúncia da política de direita, no afastamento do Governo PSD/CDS e nos avanços dos últimos anos.

Na iniciativa também não foi esquecida a Revolução de Outubro, exemplo para todos quantos continuam a bater-se pelo fim da exploração do homem pelo homem.

Heróis

E porque não é possível comemorar o PCP e Outubro que o inspirou sem referir alguns dos militantes comunistas que mais se destacaram, foi justamente no passado domingo 7 de Novembro que decorreu uma sessão em que se assinalou o centenário do camarada José Carlos. Na Galeria Municipal do Montijo estiveram presentes as filhas – Anabela e Odete Carlos e Pedro Guerreiro, do Secretariado do Comité Central, que na sua intervenção recordou o percurso revolucionário daquele militante comunista: da entrega total à luta antifascista às prisões e fuga de Peniche, da defesa de Abril às tarefas partidárias assumidas sempre com os trabalhadores e o povo.