Preparar o Partido para as batalhas que o esperam

O auditório da Associação Teatro Construção de Joane, em Famalicão, encheu-se, no sábado, 13, para um comício que contou com a presença de Jerónimo de Sousa. Fortalecer o Partido para as duras batalhas que esperam os comunistas foi o tema dominante.

«Este é o Partido que está, agora e sempre, presente»

Ao passo que a temperatura na vila famalicense caía com o avançar da tarde, no auditório que recebeu o comício comunista os ânimos aqueciam. Casa cheia em Joane era o cenário que esperava Jerónimo de Sousa que, depois de saudar os presentes, admitiu que se vive um momento particularmente exigente para o País e para a intervenção do PCP. Um momento marcado pela dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições legislativas, «por decisão do Presidente da República e com o acordo, senão o desejo, do PS», afirmou o Secretário-geral do Partido.

«A este momento vamos ter de responder com a força do nosso colectivo partidário, com o empenho de todas as forças que compõem a CDU e, não menos importante, com a convergência de todos os que verdadeiramente querem uma política alternativa, uma política de esquerda para o nosso País», acrescentou o dirigente comunista.

Do lado certo

«Que ninguém tenha dúvidas», exclamou Jerónimo de Sousa, «vamos para estas eleições com um património político inigualável». Se existe uma certeza que reside no cerne de todos e cada um dos militantes comunistas portugueses é a de que o PCP esteve e está do lado certo da luta do povo e dos trabalhadores. De que tudo o PCP fez para avançar o mais possível na defesa, reposição e conquista de direitos, na melhoria de salários e de reformas e na recuperação de serviços públicos».

É armados destas certezas inabaláveis que os militantes comunistas – e todos os democratas e progressistas que convergem na CDU – avançam para umas eleições que «não procuraram», mas que também «não temem». «Vamos para elas com a confiança de ter cumprido os nossos compromissos e de ter lutado com todas as nossas forças por outro rumo para o País e por um futuro melhor para todos os portugueses», acrescentou Jerónimo de Sousa.

Ainda em relação a toda a mistificação criada em volta do Orçamento do Estado e do voto contra do PCP, o Secretário-geral salientou que os comunistas não fizeram nada de diferente do que tinham feito em momentos anteriores: «Apresentámos propostas, sempre no sentido de melhorar a vida dos portugueses, e mantivemos sempre a nossa determinação para garantir as respostas que no Orçamento e para além dele fossem de encontro às aspirações dos trabalhadores e do povo», explicou.

«O problema não foram as propostas do PCP. O problema foram as limitações do PS», afirmou por fim o dirigente comunista.

Famalicão precisa da CDU

«Nas eleições de 2019, a eleição de um deputado pelas listas da CDU escapou por poucas centenas de votos», lamentou Belmiro Magalhães, membro da Comissão Política e responsável pela Organização Regional de Braga do PCP.

«E que enorme falta tem feito ao povo do nosso distrito uma voz por Braga na Assembleia da República, presente no terreno, actuante e agindo em prol de um projecto de justiça social e desenvolvimento», afirmou, acrescentando que «na legislatura anterior, a deputada do PCP foi a eleita que mais trabalho apresentou».

Tânia Silva, da Comissão Concelhia de Famalicão e eleita na Assembleia Municipal de Famalicão, enumerou os vários problemas que estão, há décadas, sem resposta por parte da Câmara Municipal da Famalicão, como é o caso das dificuldades sentidas pelas famílias no acesso à habitação.

Já Beatriz Torrinha, membro da JCP, apresentou todas as lutas travadas pelos jovens militantes comunistas daquela região, desde a luta por uma escola pública, gratuita, democrática e de qualidade até à regulação dos preços do mercado imobiliário.



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