Cresce no Funchal a voz da revolta e da reivindicação
Numa iniciativa realizada, dia 3 de Novembro, no Caminho do Jambota, Herlanda Amado, eleita da CDU na Assembleia Municipal do Funchal, criticou a postura daqueles que continuadamente mentem às populações com objectivos eleitorais. Naquele sítio, por exemplo, há mais de 20 anos que se luta por melhores acessibilidades que garantam o acesso ao transporte público.
«O papel dos eleitos é representar as populações que os elegem, garantindo que as suas legítimas e justas reivindicações são concretizadas», sublinhou, frisando que a CDU e os seus eleitos, aos mais variados planos de intervenção institucional, «continuarão a debater-se pelos direitos das populações, ouvindo as suas reivindicações e apresentando propostas, até que os problemas sejam resolvidos».
No dia 4, em São Gonçalo, Herlanda Amado, numa outra iniciativa sobre os acessos prometidos e não concretizados pela Câmara Municipal do Funchal, voltou a acusar os executivos do PS e do PSD de não cumprirem com as suas promessas, em diversas ocasiões, de construção de um caminho com acesso rodoviário ao longo do Lombo da Quinta.
«As pessoas confrontam-se com acessos deficitários e sem qualquer segurança. Atravessam uma levada onde caem pedras da escarpa sobranceira, percorrem centenas de metros depois de saírem do autocarro, arriscam-se a ficar com as viaturas presas», descreveu, dando conta de «viaturas de socorro» que têm de pedir ajuda a uma segunda ambulância ou a um reboque, situações que «são inaceitáveis nos dias de hoje».
Isolamento
Na sexta-feira, Herlanda Amado foi até à freguesia de São Martinho, para denunciar «as dificuldades vividas e sentidas por quem tem que andar centenas de metros labirínticos para chegar a casa, não esquecendo as muitas dificuldades de mobilidade que são sentidas» por aqueles que vivem no Papaguaio Verde e nas Escadinhas do Padre Caldeira.
Para a CDU, «é inaceitável que tenhamos idosos que não saem de casa porque o acesso deficitário e a íngreme escadaria existente, ou a levada esburacada e sem qualquer varandim de apoio, faça com que sejam prisioneiros na sua própria casa».