Professores na luta de todos
Em conferência de imprensa realizada anteontem, em Coimbra, a FENPROF anunciou a desconvocação da greve de professores e educadores que juntamente com outras sete organizações sindicais tinha convocado para amanhã, 5 de Novembro. Essa paralisação, recordou o Secretário-geral, Mário Nogueira, foi a «resposta adequada face a uma proposta de Orçamento do Estado que, a ser aprovada, nada previa para dar resposta aos problemas que afectam a Educação em geral e, em particular, a Escola Pública e os seus profissionais».
O chumbo da proposta de OE na Assembleia da República determinou a decisão de suspender a greve – «suspender e não anular, deixando-a em carteira para momento em futuro próximo, como esclareceu Mário Nogueira.
Diferente é a apreciação em relação à greve da Administração Pública marcada para dia 12, com a FENPROF a exortar os professores, educadores, do pré-escolar ao Ensino Superior, e também os investigadores a que «juntem o seu protesto e as suas exigências às dos demais trabalhadores da Administração Pública, contribuindo para que seja uma grande greve». A federação pretende contribuir para que esta seja, igualmente, uma «grande manifestação de solidariedade para com todos os portugueses que têm direito a serviços públicos de qualidade».
Convocada mantém-se igualmente a greve ao sobretrabalho, com «razões ainda mais fortes para se realizar». Denuncia a FENPROF que em cima da sobrecarga que já afecta os docentes, está a ser atribuído em muitas escolas com horários por preencher ainda mais trabalho a professores.
A FENPROF decidiu ainda prosseguir com a recolha de assinaturas para a petição em que se reclama justiça, efectivação de direitos e respeito pelo horário de trabalho.