Resinorte abusou dos mínimos
Perante a forte adesão à greve dos motoristas da recolha selectiva no CITVRU de Riba de Ave, iniciada a 27 de Outubro, com a duração de três dias, a administração obrigou equipas de prevenção, que deveriam apenas assegurar serviços mínimos, a saírem para ecopontos vazios ou sem necessidade de despejo e transferência.
A acusação foi feita pelo STAL/CGTP-IN, no dia 28, numa nota em que anunciou ter requerido a intervenção urgente da Autoridade para as Condições do Trabalho (Unidade Local de Guimarães), considerando que a atitude patronal «é grave e constitui uma clara e inaceitável obstrução ao direito à greve».
Os trabalhadores exigem um aumento geral de salários, uniformização das remunerações no Pólo de Riba de Ave, negociação de um acordo colectivo de trabalho, valorização das carreiras profissionais, melhoria das condições laborais e respeito pelas normas de Segurança e Saúde no Trabalho. É ainda contestado o desconto de dias de salário por exercício de direitos sindicais, afirmando o sindicato que solicitou várias vezes a intervenção da ACT, perante a enorme pressão patronal sobre trabalhadores no exercício da actividade sindical.