Hiroshima e Nagasaki a lembrar-nos como é vital a luta pela paz

Na pas­sagem dos 76 anos sobre o he­di­ondo crime dos EUA em Hi­roshima e Na­ga­saki, o PCP rei­tera que a luta pelo de­sar­ma­mento - e em pri­meiro lugar pelo de­sar­ma­mento nu­clear – é um ele­mento chave da «luta pela paz, pelo pro­gresso so­cial e pela pró­pria pre­ser­vação da vida sobre a terra».

Há que com­bater os que bran­queiam os crimes co­me­tidos no pas­sado

É «ne­ces­sário e ur­gente deter e in­verter a de­men­cial cor­rida aos ar­ma­mentos im­pul­si­o­nada em pri­meiro lugar pelos EUA e res­tantes mem­bros da NATO», afirmou Ângelo Alves, da Co­missão Po­lí­tica, numa de­cla­ração em que, evo­cando o bom­bar­de­a­mento sobre as duas ci­dades ja­po­nesas – esse mons­truoso crime contra a hu­ma­ni­dade que não pode ser es­que­cido -, su­bli­nhou a im­por­tância da luta pela paz e o de­sar­ma­mento, con­denou a po­lí­tica agres­siva do im­pe­ri­a­lismo e suas pre­ten­sões he­ge­mó­nicas, dei­xando bem clara a de­ter­mi­nação do PCP em tudo fazer para que «ja­mais a arma nu­clear volte a ser uti­li­zada».

Num quadro em que o Mundo en­frenta uma pan­demia e «in­su­por­tá­veis de­si­gual­dades, pa­tente nas gi­gan­tescas dis­cre­pân­cias no acesso à va­cina, é ina­cei­tável que os EUA, a NATO e a União Eu­ro­peia in­sistam em es­tra­té­gias de mi­li­ta­ri­zação e im­po­nham a todos os Es­tados mem­bros o au­mento das suas des­pesas mi­li­tares», ar­gu­mentou o di­ri­gente do PCP.

Ângelo Alves, que fa­lava esta se­gunda-feira em con­fe­rência de im­prensa, re­provou as «sis­te­má­ticas vi­o­la­ções dos prin­cí­pios cons­tantes as Carta da ONU pelas prin­ci­pais po­tên­cias im­pe­ri­a­listas, no­me­a­da­mente os EUA», su­bli­nhando que o «res­peito pelo Di­reito In­ter­na­ci­onal, e em es­pe­cial pela so­be­rania dos Es­tados e pelo di­reito de cada povo a es­co­lher, sem in­ge­rên­cias ex­ternas, o seu pró­prio des­tino e ca­minho de de­sen­vol­vi­mento, é fun­da­mental para a cons­trução de re­la­ções de co­o­pe­ração, paz e ami­zade entre todos os povos».

 

Cum­prir a Cons­ti­tuição

Re­a­fir­mada foi, por isso, a so­li­da­ri­e­dade do PCP para com os «povos ví­timas das in­ge­rên­cias e agres­sões do im­pe­ri­a­lismo, vá­rios deles su­jeitos a de­su­manos blo­queios eco­nó­micos, como são os casos de Cuba e da Ve­ne­zuela, e aos povos que vêem ne­gados os seus di­reitos na­ci­o­nais como é exemplo o povo da Pa­les­tina».

O pe­ríodo ac­tual mar­cado pelo acu­mular de «novos pe­rigos» e pelo emergir de «forças pro­fun­da­mente re­ac­ci­o­ná­rias e fas­ci­zantes» foi também alvo de aná­lise na de­cla­ração aos jor­na­listas, com Ângelo Alves a sus­tentar a ne­ces­si­dade de «com­bater fir­me­mente as li­nhas de pro­pa­ganda que bran­queiam, re­la­ti­vizam e jus­ti­ficam crimes co­me­tidos no pas­sado, como o Nazi-fas­cismo ou o bom­bar­de­a­mento ató­mico de Hi­roshima e Na­ga­saki».

Tais teses, e sua pro­pa­gação, acres­centou, «são in­se­pa­rá­veis da opção de sec­tores im­pe­ri­a­listas de apostar no fas­cismo e na guerra como “saída” para o apro­fun­da­mento da crise es­tru­tural do ca­pi­ta­lismo».

Con­si­derou, por isso, que ao Go­verno cabe «cum­prir com o es­pí­rito e a letra da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa, dando dessa forma uma im­por­tante con­tri­buição para fazer re­cuar a po­lí­tica agres­siva do im­pe­ri­a­lismo e afastar de­fi­ni­ti­va­mente o es­pectro do ho­lo­causto nu­clear».




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