O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, instou na terça-feira, 3, os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) a juntar-se a Pequim para começar uma nova era de cooperação.

As declarações de Wang surgiram por ocasião da passagem do 30.º aniversário das relações de diálogo entre a China e a aliança dos países da região asiática, durante um encontro em linha dos ministros dos Negócios Estrangeiros China-ASEAN.

O dirigente chinês recordou que a ASEAN desfruta de uma posição prioritária na diplomacia de vizinhança da China e sublinhou que se conseguiram novos e importantes avanços na cooperação amistosa entre as partes.

Segundo Wang, a China considera a ASEAN como seu parceiro principal na luta contra a actual pandemia, tendo proporcionado até agora mais de 190 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 aos 10 países da organização, juntamente com outros consumíveis médicos. Foi também destacado que, no primeiro semestre deste ano, o comércio bilateral superou os 410 mil milhões de dólares, o que faz da ASEAN o maior parceiro comercial da China.

Na sua intervenção, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros pediu a manutenção da paz e da estabilidade no Mar da China Meridional, com base nos compromissos assumidos a esse respeito na «Declaração sobre a conduta das partes no Mar da China Meridional» e com ênfase na solução pacífica de conflitos.

A cimeira China-ASEAN decorreu no momento exacto em que a administração do presidente Joe Biden, dos EUA, lança uma ofensiva diplomática na região, no quadro da sua estratégia de confronto com Pequim, a qual contou com uma viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, pela Índia, Japão, Coreia do Sul e Mongólia.

De igual modo, o secretário de Defesa, Austin Lloyd, visitou Singapura em finais de Julho, na primeira deslocação ao Sudeste Asiático de um membro do gabinete da administração Biden, e está prevista a visita da vice-presidente Kamala Harris a Singapura e ao Vietname, em Agosto, segundo a Casa Branca.