O PCP apela à unidade e firmeza dos trabalhadores face à pressão da administração [da Autoeuropa, que deve regressar à mesa das negociações, e repudia a posição intransigente assumida, considerando-a demonstrativa do antagonismo dos interesses de classe entre patronato e trabalhadores.

Em causa, explica-se no boletim da célula dos trabalhadores comunistas na Autoeuropa, está a tentativa da administração da fábrica da Wolkswagen, situada em Palmela, em substituir o real aumento dos salários pelo pagamento de um prémio. Isto depois de, por larga maioria, os trabalhadores terem rejeitado, em referendo realizado a 20 e 21 de Maio, um pré-acordo firmado entre a Comissão de Trabalhadores e a gestão.

«Os plenários anunciados em comunicado pela CT serão um momento para os trabalhadores se pronunciarem», sublinha ainda-se em «O Faisca», antes de se reiterar que «aos trabalhadores que ao longo destes meses souberam enfrentar caminhos tortuosos, que se sujeitaram a trabalhar em condições adversas e que em breve entrarão no justo e merecido período de férias, a célula do PCP apela à vigilância, unidade e luta na defesa das suas reivindicações».