Norte transmontano precisa da intervenção da CDU
Com a presença de Jerónimo de Sousa, a CDU apresentou, em duas iniciativas, no dia 17, os candidatos aos órgãos autárquicos municipais dos distritos de Bragança e Vila Real.
«Uma intervenção distintiva para garantir uma vida melhor às populações»
O dia começou em Bragança, na Praça Prof. Cavaleiro Ferreira, onde o Secretário-geral iniciou a sua intervenção com uma saudação a todos os presentes e todos os trabalhadores do concelho e do distrito de Bragança.
«Somos uma força que, como nenhuma outra, valoriza e se identifica com a inovadora e singular matriz de poder autárquico nascido da Revolução de Abril», afirmou Jerónimo de Sousa, aludindo à CDU, coligação cujo projecto político sempre se bateu pela edificação de um Poder Local «verdadeiramente representativo das populações», «amplamente participado e plural e dotado de uma efectiva autonomia administrativa e financeira».
«É esse o nosso compromisso: o de prosseguir uma intervenção distintiva com o objectivo de garantir às populações uma vida melhor», destacou Jerónimo de Sousa.
Solucionar a epidemia
«Como há meses temos insistido, a solução mais sólida e mais eficaz de combate à epidemia é a vacinação rápida de todos», lembrou o Secretário-geral ainda em Bragança. «Na última semana, a duplicação do número de doses inoculadas mostrou que temos razão, apesar de ainda estarmos longe do que é possível e necessário fazer», acrescentou.
Para o PCP a solução não passa por «insistir com medidas restritivas, com as quais procuram transferir para a responsabilidade individual a sua ineficácia», mas sim por «adquirir as vacinas em falta, diversificando a compra de vacinas já referenciadas pela Organização Mundial de Saúde» e por «contratar os profissionais necessários para assegurar o funcionamento dos centros de vacinação».
Regiões com os ingredientes necessários
Já em Vila Real, Jerónimo de Sousa afirmou, em relação ao interior do País, que «sem ocupação do território não há desenvolvimento», e que, para tal, são necessárias «políticas e medidas dirigidas principalmente à revitalização das economias debilitadas».
Segundo o dirigente comunista, desenvolver o interior e norte transmontano exige outra política agrícola e outra visão para reindustrializar o País e as suas redes de distribuição comercial, mas exige, igualmente, o aproveitamento e a mobilização das potencialidades e gestão adequada dos recursos agro-pecuários, florestais, cinegéticos, minerais, hídricos, energéticos e turísticos. Exige, também, a criação de emprego estável, bem remunerado e com direitos, e o acesso aos serviços públicos de saúde, educação, segurança social, de justiça e de outras funções públicas.
Defender as populações
Em Bragança, Patrícia Freitas, em representação da Juventude CDU, foi a primeira a intervir. Para ela, nos dias que correm, tem-se afirmado a «crescente importância do papel da juventude em vários aspectos da vida em sociedade» e é por isso que a CDU apresenta nas suas listas uma grande percentagem de jovens que «trazem consigo a vontade genuína de construir uma sociedade mais justa, igualitária e mais desenvolvida».
Fátima Bento, membro do Comité Central e da Direcção da Organização de Bragança, também dirigiu algumas palavras aos presentes. «Sabemos todos das exigências incontornáveis de todo o processo eleitoral, mas este é um caminho que percorremos juntos na construção de um projecto em que acreditamos e que defendemos pelo desenvolvimento das nossas aldeias, vilas e cidades e para garantir às populações uma vida melhor», declarou.
Na sessão em Bragança foram apresentados os vários candidatos às Câmaras Municipais dos vários concelhos do distrito. São eles: Maria Eugénia Gouveia (Alfândega da Fé); António Morais (Bragança); Manuel Madureira (Carrazeda de Ansiães); Odete Veneranda Silva (Freixo de Espada à Cinta); Carlos Cunha e (Macedo de Cavaleiros); Maria da Glória Jesus (Miranda do Douro); Francisco Madruga (Mogadouro); Manuel Mateus (Mirandela) e Amândio Pereira (Vinhais).
Candidatos para garantir vida Melhor
«A CDU não se refere à juventude com o objectivo instrumental de captar o seu voto. A CDU reconhece e valoriza o papel dos jovens e da sua luta política», afirmou Leonor Oliveira, da Juventude CDU, na sessão em Vila Real.
«Com ou sem eleitos nos órgãos autárquicos locais, Os Verdes e o PCP dão voz às necessidades e direitos das populações na defesa do Poder Local democrático, na salvaguarda dos territórios e da sua sustentabilidade», afirmou, por sua vez, Sofia Chaves, membro do Conselho Nacional do PEV.
Já Gonçalo Oliveira, membro da Comissão Política do PCP, sublinhou que os candidatos da CDU «têm uma forma de estar na política diferente daquela que vai sendo dada como adquirida». «Uma forma de estar desprovida de interesses económicos ou interesses pessoais. Isto porque aquilo que os move é um sentido de grande responsabilidade aliado a uma intensa vontade de mudança», completou.
À semelhança do sucedido em Bragança, também em Vila Real foram apresentados os primeiros candidatos às várias Câmaras e Assembleias municipais dos concelhos do distrito: José Miguel Fernandes (Boticas); Manuel Cunha (Chaves); João Monteiro (Mesão Frio); Mário Costa (Mondim de Basto); José Augusto Afonso (Montalegre); Carlos Araújo (Murça); António Serafim (Peso da Régua); Amadeu Silva e (Ribeira da Pena); José Amaral Veiga (Sabrosa); Guido Coutinho (Santa Marta de Penaguião); Maria Manuela Ramos (Valpaços); Nuno Miguel (Vila Pouca de Aguiar) e Alexandre Coelho e Ricardo Almeida (Vila Real).