Greve dia 3 no Grupo DIA fechou várias lojas

No sábado os trabalhadores dos supermercados Minipreço, das lojas Clarel e dos entrepostos logísticos do Grupo DIA realizaram uma jornada de luta por aumentos salariais e melhores condições.

A greve deu força a exigências que justificam prosseguir a luta

No Minipreço de Algés (Oeiras), o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal revelou que a adesão foi total. O CESP/CGTP-IN divulgou fotos de lojas encerradas.

Em Algés, a greve foi para a rua. Em frente do estabelecimento, colocou-se um grupo de trabalhadores, com uma faixa a explicar os motivos da luta, também relatados pela amplificação sonora e mais detalhados num folheto distribuído aos transeuntes e à comunicação social.

Aumento dos salários para todos os trabalhadores, fim da discriminação salarial e horários dignos, que permitam a conciliação da vida familiar com a vida profissional, foram destacadas como reivindicações a que a greve deu força.

Exigindo a negociação de todas as matérias inscritas no Caderno Reivindicativo apresentado à administração, o sindicato realçou que no Grupo DIA «o trabalho é máximo e essencial, mas o salário é o mínimo», embora se trate de uma marca que «continua a ser a referência no sector das lojas de proximidade» e que teve «uma subida nas vendas de 7,6 por cento, em 2020, apesar da pandemia».

Os trabalhadores, assinala o CESP, «deram a resposta necessária ao desafio imposto pela situação de saúde pública, vindo trabalhar todos os dias, correndo risco da própria saúde e das suas famílias, para continuar a servir os clientes e assegurar as vendas (lucros) da empresa».

Mas esta «decide compensar o trabalho, a dedicação e o esforço dos trabalhadores com salários de miséria, discriminação salarial e com desrespeito pelas suas estruturas representativas, pelas suas reivindicações, aspirações e anseios». E «ao fim-de-semana, são colocados entraves aos horários flexíveis para as trabalhadoras que são mães».

A necessidade de aumentos salariais foi evidenciada com a comparação da evolução, nos últimos 11 anos, entre o salário de um trabalhador (operador especializado) no Minipreço e o salário mínimo nacional. Este subiu 215 euros, mas aquele apenas aumentou 35 euros.

O encerramento das lojas Clarel, anunciado e iniciado no final de Janeiro, tem provocado «o desespero dos trabalhadores, perante a ausência de informação clara», afirmando o CESP que «a empresa revela falta de transparência» neste processo e «não cumpre os compromissos assumidos».

Com os trabalhadores, em Algés, esteve a Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha. Também Duarte Alves, deputado do PCP, prestou ali solidariedade à luta.

No Centro de Distribuição de Valongo, onde o CESP registou 70 por cento de adesão à greve, os trabalhadores constituíram um piquete, barrando com uma faixa a entrada e saída de camiões.

 



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