Sindicatos exigiram na rua valorização da Saúde

Frente ao Ministério da Saúde, ao final da manhã de ontem, organizações sindicais de médicos, enfermeiros, Função Pública e técnicos de diagnóstico assinalaram em luta o Dia Mundial da Saúde.

O SNS é um dos maiores avanços alcançados com a democracia

Na resolução aprovada no final do protesto, afirma-se que «os trabalhadores da Saúde, para além de exaustos, estão também cansados da retórica política do Governo em torno da valorização do seu papel e da sua importância, sem reflexo prático na melhoria das suas condições de trabalho».

No documento, exige-se:

– contratação de mais trabalhadores de todas as profissões e regularização dos vínculos precários;

– abertura de processos negociais relativos a carreiras profissionais, para valorizar os trabalhadores, eliminar desigualdades e injustiças e potenciar o desenvolvimento profissional;

– atribuir a menção de «relevante» ou equivalente a todos os profissionais de Saúde do SNS, no actual ciclo da avaliação do desempenho.

Na concentração, intervieram dirigentes das organizações promotoras (Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Federação Nacional dos Médicos, Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais) e também a Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

O PCP, representado pela deputada Ana Mesquita, expressou solidariedade com a luta dos trabalhadores.

Importância
mais evidente

Com a deflagração da pandemia de COVID-19, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) «deu provas da sua resiliência e imprescindibilidade, na resposta aos problemas de saúde dos portugueses», «apesar do subfinanciamento crónico, do insuficiente investimento a todos os níveis e do propositado “emagrecimento” em detrimento do sector privado», assinala-se na resolução.

Reafirmando que «hoje, como desde a sua criação, o SNS representa um dos maiores avanços civilizacionais alcançados com a democracia», é salientada, como «emergente», a necessidade de avançar com três medidas:

– regulamentação da Lei de Bases de Saúde (Setembro de 2019), a começar pelo Estatuto do SNS e priorizando os Sistemas Locais de Saúde;

– efectivo reforço financeiro do SNS;

– valorização dos recursos humanos do SNS no «Plano de Recuperação e Resiliência» e noutros instrumentos ao dispor do Governo.

 



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