PCP exige Palestina livre e independente
Assinalando, anteontem, o Dia da Terra, o PCP reafirmou a sua solidariedade ao povo palestiniano e à sua luta heróica contra a ocupação e pela concretização dos seus direitos nacionais.
O Governo português deve condenar inequivocamente a ocupação
A constituição de um Estado da Palestina soberano, viável e independente nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Leste como capital, e a solução da questão dos refugiados de acordo com as resoluções da ONU são, para os comunistas portugueses, direitos inalienáveis do povo palestiniano.
Na nota tornada pública no dia 30, o PCP expressa ainda a «exigência da libertação dos milhares de presos políticos palestinianos encarcerados nas prisões israelitas, incluindo crianças, dirigentes políticos e deputados eleitos do Conselho Legislativo Palestino, nomeadamente Khalida Jarrar, cuja prisão foi recentemente prorrogada, e que se encontram, em muitos casos, em detenção administrativa e submetidos a toda a série de violências e privações, incluindo a tortura».
Das autoridades portuguesas, o Partido reclama uma «política clara e coerente de defesa dos direitos do povo palestiniano, no respeito pelos imperativos constitucionais e pelas pertinentes resoluções da ONU que os consagram». Nesse sentido, acrescenta-se no comunicado, urge do Governo português uma «inequívoca condenação da política de ocupação israelita e dos seus crimes e o reconhecimento do Estado da Palestina, com Jerusalém-Leste como capital».
Apoio do imperialismo
A política de ocupação, colonização e repressão de Israel constitui uma flagrante violação dos direitos do povo palestiniano e do direito internacional, afirma o Partido, denunciando a «criminosa política que se insere na estratégia do imperialismo no Médio Oriente e que conta com o activo apoio dos EUA». A nova Administração norte-americana, presidida por Joe Biden, «reafirmou a decisão ilegal de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, assumindo como seu o nefasto e provocatório legado da Administração Trump», denuncia o PCP.
A conivência e cumplicidade da União Europeia é também denunciada. A UE, afirmando o apoio à solução de dois Estados, «contribui, pela sua acção e omissão, para o agravamento da política israelita de ocupação e colonização que visa impedir a concretização dos inalienáveis direitos nacionais do povo palestiniano», conclui o Partido.