Assassinatos selectivos e massacres na Colômbia

Assassinatos selectivos e massacres quase diários acontecem na Colômbia perante a atitude passiva de um governo tão responsável por essas mortes como os paramilitares e narcotraficantes executantes.

O fim das hostilidades entre o Estado e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), em 2016, depois da assinatura do Acordo e Paz, terminou com décadas de conflito armado. Contudo, após a desmobilização das FARC-EP, amplas zonas do país ficaram à mercê de grupos paramilitares ligados ao narcotráfico.

Essa é uma das razões por que aumentaram os níveis de violência nessas regiões, em que se sucedem quase todos os dias assassínios de líderes sociais e campesinos, ex-guerrilheiros, defensores de direitos humanos e partidários da paz, ou ecologistas.

Um relatório da ONU, citado pela Prensa Latina, assinala a preocupação desse organismo pelo incremento da violência desde 2014, ano em que as FARC-EP declararam o cessar-fogo unilateral. A ONU indica que só em 2020 a Colômbia foi cenário de 76 massacres, em que foram assassinadas 292 pessoas, para além do assassinato de 133 líderes sociais e de 73 desmobilizados. Para esse mesmo ano, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) contabiliza 310 vítimas.

Em 2021 esta inaceitável situação continua, com o assassinato de 31 líderes sociais e de 10 ex-guerrilheiros e 16 massacres com cerca de 60 vítimas, perante a cumplicidade dos EUA e da UE, que tanto e tão hipocritamente clamam pelos direitos humanos.




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