França volta ao pretexto do «terrorismo» para militarizar Mediterrâneo Oriental

A ministra francesa da Defesa, Florence Parly, anunciou a partida em breve do porta-aviões Charles de Gaulle para o Mediterrâneo Oriental, onde se juntará à frota da denominada coligação internacional liderada pelos Estados Unidos da América que alegadamente combate o autoproclamado «Estado Islâmico» (EI).

A França diz-se «preocupada» com o ressurgimento do EI, assegurando a ministra que o grupo terrorista – aliás, armado e apoiado pelos EUA e seus aliados, entre os quais estão outras potências ocidentais –, apesar de ter sido «derrotado territorialmente em princípios de 2019», «reconstruiu a sua capacidade de acção».

Com este pretexto, o porta-aviões Charles de Gaulle reforçará as operações francesas no Mediterrâneo Oriental, no quadro da operação Chammal, em que participam ademais três fragatas francesas, uma belga e outra grega, assim como um contratorpedeiro norte-americano, um submarino nuclear de ataque e o navio de comando e abastecimento Var.

No que respeita às unidades navais da França, o Ministério da Defesa informou em Paris que permanecerão colocadas durante vários meses no Mediterrâneo e serão posteriormente transferidas para o Oceano Índico e o Golfo Pérsico, no âmbito da missão «Clemenceau 21», também a pretexto da dita luta contra o terrorismo.

Em comunicado e a propósito da liberdade de navegação, o governo francês, afirmou a presença de força militares francesas, pilar da sua «estratégia no Indo-Pacífico, especialmente em torno de certas zonas estratégicas: o Canal de Suez, o Mar Vermelho, o Estreito de Bab-el-Mandeb, o Golfo de Áden e o estreito de Ormuz».




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