Desde os primeiros casos de COVID-19 em Março do ano passado, «todos os dias as mulheres fica sem trabalho e sem salário; são privadas de rendimento com o encerramento de milhares de micro e pequenas empresas; perdem um terço do salário para ficar em casa a acompanhar os filhos, porque as creches e escolas estão encerradas; enfrentam redobradas exigências no trabalho presencial; sentem a impossibilidade de compatibilizar o teletrabalho com a vida familiar e pessoal; sofrem as consequências e a sobrecarga da organização da vida familiar e doméstica».

«Não se pode combater a pandemia agravando as desigualdades e a pobreza das mulheres e suas famílias, impondo-lhes circunstâncias geradoras de maior discriminação, tristeza, tensão pessoal e familiar e de violência», afirma o Secretariado Nacional MDM, em nota de imprensa divulgada na segunda-feira, 22. Para o movimento, «não há desculpa para os abusos e aproveitamento da epidemia para agravar a exploração, a discriminação e a desigualdade; para atacar direitos laborais, para acentuar múltiplas expressões de violência e agravar ainda mais as condições de vida das mulheres».

Ciclo de conversas
Até ao dia 28 de Fevereiro, o MDM vai desenvolver um conjunto de acções para comemorar o Dia Internacional da Mulher, destacando-se a realização do ciclo de conversas online: «As mulheres não podem calar!».

Hoje, 25, às 21h00, tem lugar um debate sobre «violência entre pares jovens». No sábado, 27, às 15h00, realiza-se um «laboratório sobre violência doméstica» e no domingo, 28, também às 15h00, será abordado «o impacto da COVID-19 no trabalho académico das mulheres». «Uma carga de trabalhos: confinamento, teletrabalho e família!» foi o tema abordado no passado dia 20.

Os interessados em participar poderão obter mais informações em www.mdm.org.pt.