Correspondendo a uma iniciativa do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), dezenas de personalidades dos mais variados sectores da vida portuguesa – entre os quais professores, sindicalistas, homens e mulheres da cultura, juristas, dirigentes associativos, militares de Abril, jornalistas, dirigentes religiosos e outros – lançaram um Apelo pelo reconhecimento pelo Governo português do Estado da Palestina.

O Apelo lembra que «até agora, Israel tem gozado da mais absoluta impunidade. Tem, até, um estatuto privilegiado no relacionamento com a União Europeia» e que «apesar da recomendação aprovada pela Assembleia da República em Dezembro de 2014, o Governo português continua a não reconhecer o Estado da Palestina. Tem mesmo intensificado as relações com Israel, incluindo no plano militar».

Os subscritores reclamam que o Governo português «reconheça o Estado da Palestina nos territórios palestinos ocupados em 1967, com Jerusalém Leste como capital e que desenvolva a cooperação com o novo Estado em todos os planos das relações diplomáticas», bem como «uma intervenção coerente e determinada no sentido de denunciar a política sistemática de violação do direito internacional por parte de Israel, daí retirando todas as consequências no plano das relações bilaterais com aquele Estado». Reclama ainda que «no quadro das suas responsabilidades no âmbito da Presidência do Conselho da União Europeia, prossiga uma política activa e consistente que conduza ao reconhecimento pelos Estados da União Europeia do Estado da Palestina nos termos previstos nas resoluções das Nações Unidas, que têm de constituir o quadro de referência para uma resolução justa da questão palestina».

O Apelo está aberto à adesão de todas quantos se identificam com a causa do povo palestiniano, sendo já centenas as adesões à hora de fecho da nossa edição. As adesões podem ser efectuadas através do link: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Palestina-Soberana.