Síria reclama direito a viver em paz

AGRESSÃO A Síria continua a enfrentar e a resistir à multifacetada agressão externa dos EUA e de Israel e de forças terroristas que estes e outros países apoiam. As autoridades do país reclamam o direito da Síria e do seu povo à paz e ao desenvolvimento soberano.

Síria acusa EUA e Israel de apoiarem o «Estado Islâmico»

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria denunciou o silêncio da Organização das Nações Unidas (ONU) perante os repetidos ataques israelitas contra a República Árabe Síria.

«A República Árabe Síria deplora o terrível silêncio de muitos na comunidade internacional sobre as agressões sionistas, que ascenderam a mais de 50 em menos de um ano», afirma o governo sírio em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, ao presidente do Conselho de Segurança e ao presidente do Conselho de Direitos Humanos. Essas agressões violam flagrantemente a Declaração de Direitos Humanos e as leis internacionais ao arremeter contra civis e ameaçar o seu direito a viver em segurança e paz, recorda Damasco.

As missivas instam os organismos internacionais a cumprir com as suas obrigações e responsabilidades, condenando esses ataques, assim como ratificando o direito legítimo da Síria a defender a sua integridade e soberania por todos os meios legítimos.

Um ataque israelita com mísseis causou na sexta-feira, 22, a morte de quatro pessoas da mesma família, na província central de Hama, a 235 quilómetros a norte da capital da Síria.

Foi a terceira agressão do regime israelita neste ano. Antes, no dia 13, várias posições do exército sírio e seus aliados foram bombardeadas na província oriental de Deir Ezzor.

O governo de Damasco afirma que os ataques dos Estados Unidos da América e Israel demonstram o seu apoio directo aos grupos terroristas, em particular o auto-proclamado «Estado Islâmico» (EI), com o objectivo de desestabilizar novamente as zonas que foram libertadas pelas forças sírias.

EUA reforçam bases

Os Estados Unidos da América reforçaram a sua presença ilegal no território sírio com mais 200 soldados enviados a partir do Iraque, informaram meios oficiais em Damasco.

Os ocupantes norte-americanos transferiram no dia 21, em helicópteros, esses soldados para as suas bases ilegais em Shaddadi, na província de Hasakeh, e na zona petrolífera de Al-Omar e no campo de gás de Kónico, na província de Deir Ezzor, revelou a televisão síria. Por outro lado, um comboio de 40 camiões carregados de armas e material logístico entrou em território sírio através do posto de Al-Walid, na fronteira com o Iraque.

Damasco denunciou em reiteradas ocasiões que os Estados Unidos da América saqueiam o seu petróleo e trigo, e assegura que as tropas norte-americanas terão de sair da Síria, onde se encontram ilegalmente.

Operações anti-terroristas

O exército da Síria continua a levar a cabo operações para limpar de terroristas do EI a extensa região desértica de Al-Badieh.

Apesar das difíceis condições climáticas, unidades conjuntas do exército regular e forças aliadas concluíram o rastreio de extensas zonas para assegurar a segurança das estradas entre as províncias de Homs e Deir Ezzor e entre Raqqa e Damasco.

A aviação russa participa nessas operações e realizou, no dia 21, ataques contra os grupos terroristas. Os ataques aéreos e com artilharia a fortificações e movimentos visam limitar a sua capacidade para flagelar objectivos militares e as populações.

O governo sírio continua a denunciar que os EUA oferecem refúgio e protecção aos terroristas do EI na sua base ilegal na zona de Tanef, no Leste do país. Damasco garante que os recentes ataques desses grupos terroristas contra militares e civis no deserto são planificados e facilitados pelas forças de ocupação visando prolongar a guerra de agressão à Síria.




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