Governo tem no OE a base para responder aos problemas

ACÇÃO O PCP voltou a exigir «medidas de emergência que vão ao cerne dos problemas» que o País enfrenta, instando o Governo a que não se limite às medidas já tomadas de protecção sanitária.

É preciso mobilizar todos os serviços de saúde do País

Anteontem, em debate no Parlamento com a presença do primeiro--ministro, o Secretário-geral do PCPapontou algumas dessas linhas de acção que urge incrementar. Desde logo, o reforço do SNS, em profissionais eequipamentos, a par da mobilização do todos os serviços de saúde existentes e sob direcção daquele. Mas também assegurando a protecção sanitária a «quem continua todos os dias a trabalhar nos serviços essenciais, incluindo nas escolas». A contratação de trabalhadores que estão a fazer falta nos lares, o acesso dos bombeiros à vacinação, bem como o «financiamento adequado das suas associações», constituem outras tantas medidas imprescindíveis, na perspectiva do PCP.
«Os problemas do País são amplos e profundos e a resposta também tem de o ser», declarou Jerónimo de Sousa, antes de lembrar a António Costa que o «Governo tem no Orçamento do Estado a base de que precisa para essa resposta – e é preciso que a dê».
O líder comunista debruçou-se em particular sobre a questão das vacinas aprovadas e negociadas pela União Europeia com as farmacêuticas, que «não têm capacidade de produção suficiente e que não aceitam suspender ou partilhar as patentes para que sejam produzidas por outros laboratórios».
«Portugal não pode ficar refém da União Europeia e limitado às vacinas dessas farmacêuticas», sublinhou, deixando uma interrogação: «o que é que
vai vencer neste braço de ferro, o valor do lucro ou o valor da vida humana?»
António Costa, depois de uma primeira abordagem em que contornou a questão de fundo, perante a insistência de João Oliveira, acabou por descartar aquela possibilidade, alegando que não se pode «adquirir vacinas que não estejam licenciadas pela Agência Europeia do Medicamento», nem «romper o bloco de unidade» que negociou a sua compra com as farmacêuticas.
A necessidade de concretizar o conjunto de medidas que, pela acção do PCP, foram inscritas no OE para 2021, foi outro ponto para o qual Jerónimo
de Sousa chamou a atenção do governante.




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