Uma centena de mortos em ataque terrorista no Níger

Ataques terroristas simultâneos a duas aldeias do Níger provocaram uma centena de mortos e dezenas de feridos, foi anunciado em Niamey.

O massacre ocorreu no dia 2, em Tchoma Bangou e Zaroumadareye, localidades separadas por sete quilómetros e próximas da cidade de Tondikiwindi, a 120 quilómetros a norte da capital. Segundo as autoridades locais, terá sido um dos piores massacres ocorrido naquele país oeste-africano.

As duas aldeias situam-se na região de Tillaberi, na fronteira com o Mali e o Burkina Faso, uma zona que tem sido alvo frequente de ataques de grupos jihadistas desde há vários anos.

Segundo dados das Nações Unidas, os ataques terroristas provocaram, desde 2010, cerca de meio milhão de refugiados e deslocados nigerinos.

O Níger encontra-se em período eleições presidenciais e, na primeira volta, a 27 de Dezembro, foram apurados Mohamed Bazoum, ex-ministro do Interior, com 39,33% dos votos, e o antigo presidente Mahamane Ousmane, com 16,99%. Os dois candidatos disputarão a segunda volta a 20 de Fevereiro. Bazoum é apoiado pelo presidente cessante, Mahamadou Issoufou, que cumpriu dois mandatos constitucionais.

Com 22 milhões de habitantes, o Níger – que faz fronteira com Burkina Faso, Mali, Argélia, Líbia, Chade, Nigéria e Benim – tem na exportação de urânio, sobretudo para a França, a sua maior fonte de receitas.

Paris e Niamey mantêm uma activa cooperação militar. O Níger acolhe no seu território, em Niamey, uma base militar francesa, além de uma outra, em Agadez, dos Estados Unidos.




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