Direito à mobilidade tem de ser para todos

MELHORAR O candidato à Presidência da República, João Ferreira, visitou no dia 5 os concelhos de Seixal e Almada. Para além do contacto com a população e comércio locais, foi a temática dos transportes públicos que esteve no centro das atenções.

«Os transportes públicos são fundamentais à população e à sua qualidade de vida»

Pouco passava das 10 horas quando o candidato a Presidente da República chegou ao início de uma das artérias principais da vila de Corroios, no Seixal: ao longo da Rua da Casa do Povo, João Ferreira e vários apoiantes, entre os quais os presidentes da junta e da Câmara Municipal – Eduardo Rosa e Joaquim Santos, respectivamente –, contactaram com comerciantes e com os vários transeuntes que também ali passavam e todos quantos, naquela manhã, davam vida ao comércio local.

O destino da caminhada foi a estação de Corroios do Metro Sul do Tejo, onde o candidato e os que o acompanhavam embarcaram com destino a Almada, para aí realizar uma acção pública em defesa dos transportes públicos. À chegada, foram recebidos por largas dezenas de activistas e apoiantes da candidatura que, com distanciamento, deram corpo à iniciativa.

Ali, João Ferreira realçou que os transportes públicos «são fundamentais na estruturação da nossa vida, individual e colectiva, para a população e para a sua qualidade de vida». Esta é uma realidade que vai muito «para lá das deslocações para o trabalho e de volta a casa», pois da sua utilização depende o «tempo que não perdemos e podemos dedicar à nossa família, à prática desportiva, ao lazer, à cultura».

O zelo e o cumprimento da Constituição da República Portuguesa têm sido elementos chave da candidatura de João Ferreira. Ora, também na área dos transportes públicos a Lei Fundamental portuguesa é clara: «incube ao estado assegurar um sistema de transportes públicos de qualidade».

Muito por conquistar

Para o candidato, naquela região são visíveis os resultados da «longa luta travada pelas populações, trabalhadores e utentes por mais e melhor oferta nos transportes». Nos 370 mil utentes que foram abrangidos pelo passe social intermodal, estão incluídos os que habitam na Península de Setúbal, que passaram a usufruir de taxas muito mais inferiores às que eram previamente praticadas.

No entanto, acrescentou, «defender os transportes públicos obriga ao exercício de olhar para aquilo que foi percorrido e para as conquistas tão importantes que foram conseguidas, mas olhar também para aquilo que falta percorrer». E tanto que é, adiantou João Ferreira, enumerando algumas das exigências colocadas na região: reforçar as composições, aumentar a oferta e assegurar a regularidade do serviço prestado pela CP na Linha do Sado; reforçar o número de comboios da Fertagus a realizar a travessia do Tejo através da ponte 25 de Abril nas horas de ponta; expandir a rede de metro ligeiro do Sul do Tejo até ao Seixal, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete; construir a terceira travessia do Tejo.

Antes de terminar, o candidato enumerou ainda as várias Parcerias Público Privadas, às quais urge pôr um fim pelo «enorme esbulho» que constituem para os recursos públicos. Entre elas, contam-se a Fertagus e o Metro Sul do Tejo, do Grupo Barraqueiro, a Atlantic-ferries, do Grupo Sonae, e a Lusoponte, da multinacional Vinci.

Candidatura ímpar

João Ferreira não ficou indiferente ao mar de gente que o esperava na cidade da margem Sul do Tejo, considerando-o demonstrativo da força da candidatura que assume. «Esta é a candidatura do povo», disse, «não apenas porque põe no centro das suas preocupações os seus anseios e aspirações», mas também porque «nesta candidatura o povo é parte activa da luta que está a ser travada».

Antes, o mandatário concelhio de Almada, António Matos (vereador sem pelouro na Câmara Municipal), tinha já agradecido a presença de todos os que ali estavam para receber o candidato naquela paragem da «verdadeira volta a Portugal» que está a realizar: «Do litoral ao interior, contactando com todos e todos ouvindo (…), revisitando problemas, identificando obstáculos, sentindo e dialogando com o País real, como faz hoje aqui», disse.

Antes de passar a palavra a João Ferreira, o mandatário lembrou ainda que aquela candidatura é a «do Portugal de Abril, dos trabalhadores e do povo», mas também da «defesa da cultura, das artes e das gentes que a promovem», da defesa da escola pública, do Serviço Nacional de Saúde e do ambiente, da justiça social, da igualdade e da valorização do trabalho e das pequenas e médias empresas.




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