Quintas com letras

Numa sessão promovida pela Célula da Cultura Literária do Sector Intelectual de Lisboa do PCP, no dia 10, o salão do Centro de Trabalho Vitória encheu-se para um debate em torno de dois livros: «O que é preciso é transformar o mundo» e «Faz-se caminho ao andar», ambos de António Avelãs Nunes, editados pela Página a Página.

Tomando a palavra, Avelãs Nunes discorreu sobre as matérias complexas dos dois livros. Com o bom humor e o discurso acessível de quem sabe e pretende dar a conhecer, lembrou que a Economia «precisa mais de filósofos do que de econometristas». Se em «O que é preciso é transformar o mundo» se evidencia a concepção marxista de que a ciência económica é uma ciência histórica, em «Faz-se caminho ao andar» ressalta o humanismo das evocações de Alberto Vilaça, Vasco Gonçalves e outros, acrescentou.

Usou também da palavra o economista e membro da direcção do Sector Intelectual, Tiago Cunha, que focou aspectos ideológicos da crise do sistema capitalista, como a invocação de falsas inevitabilidades e a correlação de forças que leva à defesa do Estado Social para obstar às pretensões fascistas.

As intervenções da assistência cruzaram com as da mesa, num diálogo efectivamente vivo, com ênfase na natureza perversa do sistema capitalista.



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