Luta evita desemprego no ISS e prossegue contra precariedade
RESULTA Os cerca de 200 trabalhadores do Instituto da Segurança Social (ISS, IP) em risco de despedimento vão continuar ao serviço, mas ainda através de uma empresa de trabalho temporário.
A precariedade não é solução para funções permanentes e essenciais
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas informou anteontem, ao início da tarde, numa concentração realizada frente à sede do instituto, em Lisboa, a decisão comunicada pela vice-presidente do Conselho Directivo do ISS: a prestação de serviços foi renovada e todos vão continuar ao serviço.
Esta decisão «fica a dever-se à determinação e à luta dos trabalhadores e à intervenção deste sindicato, que desde a primeira hora saiu em defesa dos cerca de 200 postos de trabalho» ameaçados a nível nacional.
Esta valorização da resposta colectiva mereceu destaque na nota de imprensa que o sindicato da CGTP-IN emitiu após aquela acção, garantindo que vai «continuar a acompanhar este processo».
O sindicato sublinha que «o ISS, IP tem de dar garantias de que os trabalhadores que receberam a carta de despedimento da empresa Heading Recursos Humanos, com efeitos a 3 de Dezembro, não ficam no desemprego nem um único dia».
O facto de estes funcionários permanecerem no instituto «é uma vitória dos trabalhadores, mas é preciso vencer a luta contra a precariedade, é preciso que o Governo reconheça que estas funções são permanentes e essenciais».
Na concentração, em que participou a Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, ficou decidido que «os trabalhadores continuarão unidos e organizados», reivindicando que o Governo «reconheça que o recurso a empresas de trabalho temporário não é solução».
«O que se impõe é a abertura de concursos para integração no mapa de pessoal, tendo em conta a experiência e os conhecimentos que todos possuem», conclui o sindicato.
Quando anunciou a luta de terça-feira, o sindicato assinalou que os trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário (cerca de 100 na sede e outros tantos no resto do País) estão integrados nas mesmas equipas que aqueles que têm vínculo ao ISS, IP e executam as mesmas tarefas.